O Sistema Globo de Rádio desmentiu no início da noite deste domingo (14) as informações veiculadas pelo site do jornalista Sidney Rezende, dando conta do fim das marcas Rádio Globo e CBN e que iniciaria os projetos Multishow FM e Globonews FM, respectivamente. Segundo informações que foram apuradas durante toda a tarde de ontem pela redação do tudoradio.com na tarde de ontem e de comunicados publicados pelas emissoras, as notícias são “boatos”, tratando-se de “fake news”.
A redação do tudoradio.com entrou em contato com o diretor executivo da CBN, Ricardo Gandour, que respondeu que “é pura invenção. Infelizmente pessoas que deixaram o SGR tempos atrás tem ressentimentos e deixaram de fazer jornalismo. Citam coisas e pessoas sem ouvir e apurar. Vivemos tempos sombrios de desinformação e irresponsabilidade com toda a característica de fake news. Repleto de detalhes fantasiosos”, comentou.
Logo em seguida, um e-mail foi encaminhado aos afiliados das redes CBN e Rádio Globo, com o seguinte texto: “A respeito dos boatos que circulam sobre o Sistema Globo de Rádio, informamos que não procede a informação de fechamento das nossas emissoras. Seguiremos trabalhando normalmente pelo rádio, por um conteúdo de qualidade, credibilidade e, sobretudo, de caráter”.
Uma nota negando as informações também foi lida durante o programa Revista CBN, além de ser publicada no site e nas redes sociais da emissora jornalística do SGR. “A direção geral do Sistema Globo de Rádio informa: são totalmente infundados os boatos que circulam na internet. A CBN é um sucesso estabelecido e a rede de rádios de notícias que mais cresce no Brasil, não havendo possibilidade de sua descontinuidade”, informa a nota.
Entenda o caso
A notícia publicada pelo site do jornalista Sidney Rezende foi assinada por Robson Aldir, que informa que “entrou para o Sistema Globo de Rádio como estagiário em outubro de 1991 e foi dispensado da empresa em maio de 2015”. Segundo o radialista, ele recebeu diversas mensagens de ouvintes e ex-companheiros relatando as “novidades”.
Em seu texto, Aldir ressalta que “acionistas do Grupo Globo contrataram uma consultoria europeia e o estudo foi entregue durante a semana recomendando o fim da marca Rádio Globo e as mudanças de rumo da Rádio CBN. Os executivos do Grupo Globo, então, decidiram destinar as duas frequências para marcas já consagradas do mercado de TV por assinatura”.
Assim, de acordo com o radialista, “a Rádio Globo vai virar Multishow FM e a CBN vai se transformar na Globonews FM. O moderno estúdio de rádio dentro dos Estúdios Globo, antigo PROJAC, será destinado à Multishow FM. A linha de programação não está decidida, mas já se sabe que a frequência vai retransmitir boa parte do conteúdo do canal de TV, e a outra certeza é que a equipe de esportes da rádio, numa época remota considerada um verdadeiro símbolo da radiodifusão do país e na atualidade apontada como um dos grandes motivos do naufrágio da empresa, está fora”.
Repercussão
A notícia sobre o suposto fim/mudança das marcas Rádio Globo e CBN repercutiu de forma intensa nas redes sociais e sites de notícias. O jornalista Ricardo Feltrin, da coluna TV e Famosos, do UOL, publicou que o Grupo Globo já havia soltado um comunicado interno informando os profissionais que as marcas Rádio Globo e CBN iriam “desaparecer”. Além disso, o jornalista também informou que a notícia foi confirmada com três fontes diferentes e que a notícia havia sido publicada pelo site G7.
Mais tarde, a matéria foi atualizada com a informação do Sistema Globo de Rádio que se posicionou sobre o que chamou de “especulações” e que a notícia é inverídica e que as rádios continuarão no ar. Feltrin ressaltou ainda que a consultoria contratada seria a Accenture e que a decisão havia sido tomada no Rio de Janeiro durante reunião da diretoria.
Ainda na noite deste domingo, o portal UOL publicou uma errata com o seguinte texto: “Diferentemente do informado pelo colunista Ricardo Feltrin, do UOL, no título da matéria ‘Globo decide acabar com rádios CBN e Globo FM’, as rádios não acabarão e nem deixarão de existir na frequência que ocupam atualmente.”
Por: Tudo Rádio