Classes C, D e E são as que mais têm problemas na hora de pupar
Em tempos de crise, onde os preços de produtos e serviços só aumentam, poupar dinheiro tem se tornado uma grande dificuldade para os brasileiros, segundo dados do Indicador de Reserva Financeira da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento aponta que apenas 18% da população conseguiu fazer reservas financeiras em junho.
O valor poupado, em média, foi de R$ 520,00, pelos 18% que conseguiram guardar alguma quantia, enquanto a maioria, 73%, terminou o mês sem nenhuma reserva. O motivo principal pela falta de dinheiro poupado ao fim do mês é a baixa rentabilidade, como afirma 44% deste público. Fatores como imprevistos representa (17%), não possuir renda no momento (15%) e falta de disciplina com os gatos (14%), também impossibilitaram brasileiros de realizarem reservas financeiras.
Entre o público que mais poupa dinheiro, as classes A e B saem na frente, somando 39%, enquanto nas classes C, D e E, este percentual cai para 13%. Essa diferença mostra que a renda impacta aqueles que disseram não ter condições de poupar. Mas outro fator que chama a atenção é que mesmo nas classes mais elevadas, o número de pessoas que pouparam não atinge 50%.
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado do levantamento mostra que nas classes com menor renda, o hábito de poupar se torna um problema devido à baixa renda e a grande quantidade de gastos com recursos básicos, dificultando a formação de reservas.
V.V
