800 casos de varíola dos macacos estão sendo investigados em Minas

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga 800 casos suspeitos de Monkeypox – varíola dos macacos – em Minas Gerais. Dados do boletim epidemiológico desta terça-feira (30) apontam ainda que, até o momento, 277 pessoas foram diagnosticadas com a doença no estado. Os exames foram confirmados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Os pacientes que deram positivo para a doença têm entre 18 e 61 anos. Dos 277 casos, 274 são do sexo masculino e três do feminino. Além disso, um deles, que não teve idade divulgada, segue internado por “necessidades clínicas”. Os diagnosticados com a doença estão sendo monitorados pelas Secretarias Municipais.

Até então, de acordo com a pasta, não foi registrada nenhuma infecção em primatas – macacos e símios – com a doença. A secretaria destaca que “maltratar ou agredir animais é crime previsto em lei”.

Belo Horizonte segue com mais diagnósticos para a doença, com 209 casos confirmados, seguido por Uberlândia (20) e Pouso Alegre (10). Os demais casos estão nos seguintes municípios: Governador Valadares (7), Juiz de Fora (7), Sete Lagoas (4), Montes Claros (4), Uberaba (3), Coronel Fabriciano (2), Teofilo Otoni (2), Divinópolis (2), Barbacena (1), Itabira (1) e Passos (1).

Homem é diagnosticado com varíola dos macacos, HIV e Covid

Um italiano, de 36 anos, foi diagnosticado com varíola dos macacos, Covid-19 e HIV. A informação é de um estudo realizado pela Universidade da Catania, na Itália, que foi publicado em um jornal científico. Este é o primeiro caso de transmissão simultânea das doenças no mundo.

O homem esteve no país entre 16 e 20 de junho deste ano. “Nove dias após, apresentou febre (até 39°C), acompanhada de dor de garganta, cansaço, cefaleia e linfonodomegalia inguinal direita. Em 2 de julho, ele deu positivo para SARS-CoV-2. Na tarde do mesmo dia, uma erupção começou a se desenvolver em seu braço esquerdo. No dia seguinte, pequenas vesículas dolorosas circundadas por um halo eritematoso aparecem no tronco, membros inferiores, face e glúteos”, diz parte do estudo.

Após os sintomas, ele procurou o serviço de urgência do Hospital Universitário na Itália e, posteriormente, foi transferido para a unidade de Doenças Infecciosas. O paciente contou que realizou teste de HIV em setembro do ano passado e que o resultado foi negativo. Ele disse ainda ter tomado duas doses de vacinas contra a Covid-19, que chegou a contrair a doença em janeiro deste ano e que manteve relações sexuais sem preservativo enquanto esteve na Espanha.

“Nosso caso enfatiza que a relação sexual pode ser a forma predominante de transmissão. Portanto, a triagem completa de IST é recomendada após o diagnóstico de varíola dos macacos. De fato, nosso paciente testou positivo para HIV-1 e, dada sua contagem de CD4 preservada, poderíamos supor que a infecção era relativamente recente. Note-se que o swab orofaríngeo da varíola dos macacos ainda foi positivo após 20 dias, sugerindo que esses indivíduos ainda podem ser contagiosos por vários dias após a remissão clínica”, concluiu.

As informações são da Itatiaia, associada AMIRT

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