Três motivos para visitar a exposição ‘OSGEMEOS: nossos segredos’, em cartaz no CCBB BH

Pela primeira vez, os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo abrem as portas do universo Tritrez em Minas Gerais

Depois de um longo período com ingressos esgotados, agora é um bom momento para quem ainda não conseguiu apreciar a genialidade dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo na exposição ‘OSGEMEOS: nossos segredos’, em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB BH), desde fevereiro deste ano até 22 de maio. O site já carrega com facilidade e, mesmo que não estejam sobrando, é possível conseguir um ingresso sem precisar madrugar na plataforma.

A história dos artistas começa no bairro Cambuci, na região Central de São Paulo, um dos mais importantes para o movimento hip-hop nos anos 1980, onde eles passaram a infância e a adolescência e participavam ativamente do movimento. Sempre juntos, a galera apelidou os irmão de “os gêmeos”, o que passou a ser a assinatura deles. A família Pandolfo já era muito ligada às artes visuais, então eles criam desde muito pequenos, mas foi a estética da cultura hip-hop que deu identidade para as obras que estampam, ou já estamparam, considerando a efemeridade da arte de rua, a lateral de prédios em São Paulo.

Foi através da arte de rua, ainda muito criminalizada no Brasil, que a dupla foi reconhecida e ganhou mundo a fora. Eles já passaram por Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão, mas é a primeira vez que Minas Gerais recebe uma exposição produzida, montada e curada por eles. Esse já é um bom motivo para não perder a oportunidade de visitar a mostra, mas além desse, listamos outros três para quem ainda não incluiu essa visita nos planos para abril e maio.

Porquê você precisa ir

‘OSGEMEOS: nossos segredos’, conta com mais de mil obras, entre telas, esculturas, instalações, incluindo uma gigante, e rascunhos em ordem cronológica que ajudam a entender o processo criativo dos artistas. Tudo faz parte do universo Tritrez, uma realidade alternativa que, como eles mesmos já contaram em entrevista com Pedro Bial, aparece nos sonhos de ambos desde os 18 anos. Curiosos, não?

1- Uma experiência sensorial intensa

Com exceção do tato, porque nenhuma obra da mostra é interativa, todos os seus sentidos vão ser chacoalhados do início ao fim. Aliás, pensando por esse lado, soa até desleal não considerar as obras interativas. As cores vibrantes, as músicas e a combinação de texturas, formas e materiais como luzes, lantejoulas e linhas vão te transportar para um lugar dentro da sua cabeça que você não conhecida até então. A experiência é tão intensa que certamente você vai querer ir de novo para ter certeza do que sentiu.

2- A história da dupla é indispensável para o seu repertório  

Na exposição você terá a oportunidade de conhecer duas das mentes mais geniais do século. Além de apreciar e imaginar o que eles estavam pensando enquanto criavam, cada galeria tem o trecho de um enredo onde eles parecem conversar intimamente com o público sobre o que está sendo mostrado. É uma experiência íntima que deve ser degustada em muitas camadas e vai te render uma boa história para contar a quem ainda não teve a oportunidade de vivenciar o mesmo.

3- Multiplicidade de temas

Música, amor, democracia, violência, urbanismo, moda… impossível não criar diálogos com as obras, algum tema vai conseguir tocar sua existência.

Quer um spoiler?

Foto: Agência Galo

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