Vacinação de gestantes segue acontecendo em Uberaba com doses de Coronavac, diz adjunta

Secretaria de Saúde acatou recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para suspender imediatamente o uso da Astrazeneca em gestantes. Tanto as mulheres grávidas como as puérperas (aquelas que deram à luz em até 45 dias) estão entre as prioridades de vacinação nesta terça-feira, desde que tenham comorbidades. Contudo, elas continuam sendo contempladas com doses de Coronavac, segundo informou a secretária-adjunta de Saúde e coordenadora da vacinação em Uberaba, Ana Vera Abdanur. No Brasil, o imunizante da Universidade de Oxford é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

"Aqui em Uberaba suspendeu hoje a vacinação com a Astrazeneca de gestantes com comorbidades. Nós seguimos a vacinação desse grupo com a Coronavac", pontuou Ana Vera Abdanur. Vale lembrar que acontece hoje (11) a imunização de idosos a partir de 60 anos de idade, nascidos de janeiro a abril, pacientes renais em diálise, gestantes e puérperas (45 dias após o parto) com comorbidades, pessoas com Síndrome de Down, todos acima de 18 anos, além das pessoas agendadas para tomar a 2ª dose, conforme o Cartão de Vacinas. A vacinação desse público se dará mediante apresentação de documentação comprobatória da condição da pessoa e acontecerá nos pontos de vacinação da Funel no Abadia, do Cemea Boa Vista e do Shopping Uberaba, das 8h30 às 16h.

Mudanças na orientação da Anvisa. De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina. "A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual. A recomendação foi adotada após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, que recebeu a vacina. A orientação para suspensão imediata da aplicação de doses em gestantes acontece durante investigação que corre no Ministério da Saúde para avaliar se há ou não relação entre a vacina e o óbito. A pasta ressalta, no entanto, que “a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19”. A recomendação da Anvisa é um procedimento considerado padrão em casos semelhantes.Alguns municípios, como é o caso de Uberaba, já haviam iniciado a vacinação de grávidas com comorbidades. O uso "off label" de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, fica restrito aos casos em que haja recomendação médica, mediante avaliação individual, por um profissional de saúde que pondere os riscos e benefícios para a paciente.

*Com informações da Agência Estado

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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