Para 13,5 milhões de brasileiros, a quantia disponível para sobreviver durante um mês inteiro não passava de R$145 em 2018.
Isso representa 6,5% da nossa população, um recorde na série histórica e uma proporção de pessoas vivendo na extrema pobreza que vem crescendo desde 2015.
O dado consta da Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE que mostra ainda, subindo um pouco a barra, que um em cada quatro brasileiros vivia com até R$ 420 por mês ou US$5,50 por dia, a linha estabelecida internacionalmente para definir a pobreza monetária.
O gerente do IBGE, André Simões, ressalta que os números apontam para a necessidades de políticas públicas.
No entanto, a retomada da ocupação se dando totalmente na informalidade está longe de ser a situação ideal já que a pobreza não atinge apenas os desempregados, mas também 15% das pessoas com algum tipo de trabalho.
Entre os trabalhadores domésticos chega a 24,2% o que é próximo também da proporção entre os trabalhadores sem carteira assinada.
Já entre os empregados formais, o índice cai para 7,6%.
A porcentagem dos que vivem na pobreza também passa de 50% no Maranhão e chega próximo disso em Alagoas, Amapá e Amazonas.
Além disso, a pobreza tem viés de raça, atingindo 32,9% da população preta e parda e menos da metade, 15,4% da população branca.
As mulheres negras, sem cônjuge e com filho, então, se mostram um grupo especialmente vulnerável com mais de 63% nessa situação.