Três dos idosos contaminados em hotel geriátrico clandestino morreram em Uberaba

Após um hotel geriátrico ser interditado na última semana em Uberaba, a Prefeitura Municipal veio a público informar como está a situação dos idosos. Segundo nota divulgada pelo município na noite de terça-feira (25), o “Bem Viver” estava operando de forma clandestina. O local, uma instituição de longa permanência de idosos (ILPI), foi autuado pela Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Epidemiologia e de Vigilância Sanitária.

Durante as inspeções de rotina foi constatada a ocorrência de quatro óbitos em curto período (pouco mais de 30 dias). Os óbitos foram investigados pela Epidemiologia, sendo as conclusões encaminhadas ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para apurações detalhadas. Os quatro óbitos citados não tiveram como causa a Covid-19.

Contudo, logo em seguida foi verificada a ocorrência de óbito decorrente da Covid-19, ocorrido na instituição, com a realização de velório e exposição de mais de 50 cidadãos ao risco do contágio, uma vez que a funerária responsável não foi informada da contaminação pela instituição.

No momento, oito idosos residentes da ILPI foram contaminados pela Covid-19, com a ocorrência de três óbitos. Além disso, foi constatado que quatro funcionários também estavam contaminados pela Covid-19.

“A instituição recentemente interditada encontra-se em funcionamento desde 2012, tendo solicitado o licenciamento sanitário pela primeira e única vez em 2017, logo após ter sido realizada visita técnica pelas autoridades sanitárias. Portanto, até então, a instituição funcionava clandestinamente. Cabe legalmente a instituição o cumprimento das normas e regras para dar início ao funcionamento”, apontou a prefeitura em nota.

O monitoramento e as providências adotadas pela Epidemiologia e Vigilância Sanitária tiveram como objetivo preservar a saúde dos idosos e da coletividade. Ainda segundo a PMU, desde a instauração do processo de licenciamento foram realizadas seis inspeções sanitárias no local, com a emissão de dois relatórios técnicos, nos quais constavam todas as adequações que precisavam ser feitas e demais orientações cabíveis. Destaca-se ainda, que durante a pandemia foram realizadas quatro visitas à instituição pelos fiscais sanitários.