Sessão Pipoca indica filmes sobre povos indígenas brasileiros

AS HIPER MULHERES

O filme conta a história do ritual indígena Jamurikumalu, celebrado pelos povos do Alto Xingu, no Mato Grosso, Sul da Amazônia. O ritual é conduzido apenas pelas mulheres, que são reverenciadas pelos homens com muitos peixes, bebidas e outras demonstrações de subordinação. O foco do ritual é demonstrar através dos cantos repassados há séculos,  a posição da mulher como algo sublime, grandioso e detentor do poder na tribo. 

A ÚLTIMA FLORESTA 

Aqui a gente é convidado a conhecer um pouco mais sobre as crenças yanomamis, um povo que tem sido perseguido por garimpeiros há décadas por causa da descoberta de uma jazida de ouro em suas terras, na Amazônia entre a fronteira entre Brasil e Venezuela. Muito por conta dessa realidade, os povos yanomamis estão muito presentes no nosso dia a dia,  nos noticiários, reportagens e movimentos ativistas que se empenham para tornar a situação cada vez mais pública. Apesar de falar sobre o garimpo, até porque não tem como não falar, já que é um problema latente e que ameaça a vida deles todos os dias, boa parte do documentário é dedicada a apresentar algumas crenças tradicionais, como a explicação de como surgiram povos naquela região e expõe também uma visão espiritualizada sobre a exploração das terras.

INDIGENAS DIGITAIS

Um documentário indispensável para entender o lugar dos povos originários hoje. O filme compartilha informações sobre como os indígenas do território brasileiro vem se relacionando com os meios digitais de Informação, Comunicação e Aprendizagem (TICAs). Integrantes de várias nações aparecem no filme, como o povo Tupinambá (BA), Kariri-Xocó (AL), Pankararu (PE), Potiguara (PB), Makuxi (RR) e outros. Juntos, eles relatam como celulares, câmeras fotográficas, filmadoras, computadores e, principalmente, a internet vêm sendo ferramentas importantes na busca das melhorias para as comunidades e como é a relação delas com o mundo globalizado.

CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS

Saindo do estilo documental, esse filme foi gravado na Aldeia da Pedra Branca, na  Terra Indígena Kraô, no Tocantins. O protagonista é Ihjãc, um jovem que começa a ter fortes experiência espirituais depois que seu pai morre. Tudo começa quando escuta a voz do pai pedindo para que ele realize um ritual de despedida chamado ‘a festa de fim de luto’, para que ele finalmente deixe o mundo dos vivos e passe para o outro lado. Depois disso, a relação de Ihjãc com a floresta fica diferente, os animais assumem comportamentos estranhos quando ele está perto e até a água parece refletir algo na aparência dele que não é só físico. Com medo, ele evita compartilhar isso com os demais, porque sabe que pode ser um sinal de que está virando pajé. Depois de ter isso confirmado, ele decide ir pra cidade, levando a mulher e o filho. E aí, o que vai acontecer com ele? Assista e descubra.

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