Sessão Pipoca indica filmes e séries com temática LGBTQIA+ para celebrar o mês do orgulho

Junho é o mês do orgulho LGBTQIA+ , aquele que sente quando se é, mesmo que tudo colabore para que você não seja ou ao menos não pareça ser. E como aqui a gente não perde datas importantes, vamos de filmes e séries que desafiam a cis heteronormatividade!

Azul Cobalto

Nesse longa você será transportado para Índia dos anos 90, com cenários incríveis e toda aquela beleza do cinema indiano, que não precisa aprofundar os diálogos com palavras, já que o olhar dos atores já passa uma mensagem clara e profunda. A história é complexa e vai se desenrolando como um conto de fadas. Uma família tradicional acaba de perder dois pilares: o casal mais velho e, consequentemente, o responsável por manter o elo das relações. Para manter a casa movimentada, algo importante para as tradições indianas, os herdeiros resolvem alugar o quarto maior para um homem que não se revela totalmente ao longo do filme, mas não precisa de muito para que o nosso protagonista, Tanay, se apaixone por ele. Apesar da Índia dos anos 90 criminalizar relações entre pessoas do mesmo sexo, o filme não se aprofunda nesse cenário de opressão e nos dá a oportunidade de assistir um romance de transbordar a alma. Nem tudo são flores, o mesmo hóspede que leva o amor para a casa dessa família, também leva tristeza e decepção.

Valentina

Esse é brasileiro e ambientado na cidade de Estrela do Sul, aqui em Minas. A protagonista dá nome ao filme: Valentina é uma menina transexual que, felizmente, tem apoio da mãe. Elas se mudaram para essa cidade para buscar um ambiente mais seguro, já que a transição de gênero não é uma fase fácil. Aqui a proposta é te levar para o cotidiano de uma adolescente trans e interiorana sem dramatizar de forma exagerada para conseguir algum valor, o filme é honesto com a realidade que retrata. E, infelizmente, essa realidade inclui episódios de violência de gênero, então fica o aviso de gatilho. A crítica principal é direcionada às instituições públicas, na maioria das vezes, despreparadas para lidar com a diversidade.

Rafiki

Falando em crítica às políticas públicas sobre questões de diversidade, nesse filme vamos para o Quênia, onde amar pessoas do mesmo sexo ou gênero pode levar a pena de prisão de até 14 anos. Kena e Ziki são as protagonistas de uma história de amor proibido. Elas são amigas há muito tempo, dividem o mesmo território, mas em história mais recente suas famílias viraram rivais políticas, porque o pai de Kena e o de Ziki disputam o mesmo cargo político de vereador. Isso dificulta os encontros que antes eram comuns, mas não impede que o amor seja vivenciado de forma avassaladora. Apesar das cenas muito tristes, com agressões e discursos que podem ser gatilhos (fica o aviso), o filme é lindo!

Para fechar, uma série descontraída!

Todxs Nós

Rafa, uma pessoa não binárie, deixa a cidade que morava com os pais e chegando em São Paulo, na casa de um primo gay que é enxergado como um porto seguro para que sua identidade seja finalmente aflorada, exposta e vivenciada. A delx é o início de uma série de histórias que a série vai explorando e abrindo nossa visão sobre questões relacionadas a identidade de gênero de forma bem didática, então para quem tem curiosidade sobre o assunto e quer parar de se sentir em uma corda bamba em diálogos com pessoas que não são normativas, essa série é um bom começo.

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