Servidores de Uberaba protestam contra a extinção de programas da saúde mental pelo SUS

Profissionais e servidores da saúde realizaram nesta manhã (17) manifesto em defesa das redes de atenção psicossocial no Sistema Único de Saúde (SUS). A mobilização ocorreu na avenida Leopoldino de Oliveira e no Calçadão da rua Artur Machado. O grupo utilizou panos com as palavras “Defenda o SUS, Manicômio Nunca +” em favor dos CAPS AD (Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e outras Drogas). Também foi utilizado instrumentos musicais para chamar a atenção do público para o retrocesso na política da saúde mental no Brasil.

Estiveram presentes representantes e servidores do Caps Maria Boneca – Fundação Gregório Barenblitt; Caps Ignacio Ferreira; Caps AD; Caps I; Diretoria de Atenção Psicossocial; Secretaria Municipal de Saúde; Sindicato das psicólogas de Minas Gerais (PSIND) Departamento de Saúde Coletiva – UFTM.

Segundo a psicóloga Odila Maria Fernandes, o grupo se posiciona contra o chamado “revogaço” da Saúde Mental preparado pelo Governo Federal, que pode colocar fim em cerca de cem portarias, editadas entre 1991 a 2014, da CIT (Comissão Intergestores Tripartite). Com a medida, podem ser extintos diversos programas e serviços na saúde mental. Estão em risco o programa anual de reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar no SUS; equipes de Consultório na Rua; o Serviço Residencial Terapêutico; e a Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa.

Além disso, o grupo criticou o documento intitulado “Diretrizes por um modelo de atenção integral de saúde no Brasil”, divulgado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Inclusive, há um abaixo assinado contra o texto, que possui a adesão de centenas de psiquiatras de todo país. Para os médicos, a ABP vem sustentando posições que atacam os princípios e a direção da Reforma Psiquiátrica brasileira.

O texto que antecede o abaixo assinado faz críticas às diretrizes da AMP. “O documento reeditado atualmente, mas há pelo menos seis anos divulgado para seus membros, só teve espaço pelo momento de extrema vulnerabilidade provocada pela pandemia e pela ausência de direcionamento técnico no Ministério da Saúde”, diz trecho do documento.

Fotos/Jairo Chagas

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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