Após decidirem em assembleia retornar ao trabalho, findando movimento grevista de 120 dias, servidores da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) afirmaram que a administração do órgão e o governo do Estado adotaram postura arbitrária, sem dialogar com a categoria. Descontentamento foi revelado ontem à reportagem do Jornal da Manhã por Alessandra Araújo, presidente da Associação dos Servidores da Junta Comercial (Asjuc).
Ela afirmou que o movimento reivindica o retorno de uma ajuda de custo no valor de R$140 e o cumprimento do acordo homologado na Justiça em 2017, como elaboração do plano de carreira e vencimentos, realização de concurso público e a criação de comissão de combate e prevenção ao assédio moral. “Voltamos ao trabalho com a cabeça erguida e firmes com a pauta de nossas reivindicações”, afirma Araújo. Ela revelou que os servidores confiam na decisão da Justiça e lamentaram a postura do governo do Estado e da administração da Jucemg em não dialogar. “Mobilizamos, fizemos reuniões com deputados, abrimos nossa situação à sociedade e, mesmo assim, o governo não quis fazer acordo, como reposição dos dias não trabalhados”, lamenta a presidente, ao lembrar a ausência da administração da Jucemg e do governo de Minas na audiência da comissão de Administração Pública realizada pela Assembleia Legislativa.
A greve teve início no dia 11 de fevereiro, após o governo suspender, de forma repentina, a ajuda de custo, resultado de um acordo firmado na Justiça. Em resposta à nota enviada à imprensa pela Jucemg e governo, Araújo informou que a Asjuc não enviou nenhum requerimento solicitando a compensação dos dias paralisados, estes deveriam ser negociados em reunião e com diálogo, que lamentavelmente foi negado à categoria.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba