Secretaria de Educação vê paralisação de profissionais com tranquilidade, mas considera momento “inoportuno”

A Secretaria de Estado de Educação divulgou um vídeo nas redes sociais para se pronunciar sobre a paralisação dos trabalhadores da educação. No vídeo, o Secretário Adjunto de Educação, Wieland Silberschneider afirmou que o governo recebeu com tranquilidade a decisão dos profissionais que estão no movimento.  Entretanto, considera o momento “inoportuno”. “o governo cumpriu a totalidade dos itens do acordo, a exceção dos reajustes do piso nacional do magistério dos anos de 2017 e 2018, único e exclusivamente devido a crise financeira e orçamentária que o país vem enfrentando”, justificou.

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação, o movimento já chegou ao quarto dia e nesta quinta-feira (15) haverá uma assembleia estadual em Belo Horizonte. Os servidores contestam a declaração do secretário e veem o momento com a última oportunidade para chegar a um acordo antes das eleições. “É uma batalha por um ganho em comum da classe, que é o piso nacional. Uma conquista dos educadores, do sindicato desde 2015. Hoje não está sendo cumprido. Vejo essa discrepância salarial, a defasagem que a classe vem tomada. Não há outro meio, a não ser pegar o governo na porta de saída. Ele está em candidatura, não tem outra forma a não ser agora, até 10 de abril para chegar a um acordo comum. É para toda a classe”, afirmou Lucas Bruno, que representou a Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis em entrevista ao Sistema MPA.

Em outra parte do vídeo, o secretário adjunto enumerou uma série de ações da pasta que teriam sido realizadas em prol do profissional da educação. Silberschneider afirma que a Secretaria de Estado de Educação está aberta para negociação. “Apesar disso, com o acordo fizemos na educação o que nos últimos anos não foi feito. Descongelamos as carreiras, fizemos mais de 90 mil promoções e progressões, realizamos mais de 50 mil novos concursados, reajustamos os salários em mais de 46%. Valorizamos a categoria como nunca havia sido feito antes. Estamos todos de acordo quanto a importância do cumprimento do piso nacional para a construção de uma educação de qualidade para os nossos jovens. Estamos empenhados nisso para quando as condições permitirem. Reafirmamos o nosso compromisso com o diálogo e continuamos abertos a negociação”, disse.

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