São Paulo – Jornalista morreu em fevereiro do ano passado quando helicóptero em que viajava caiu na Rodovia Anhanguera, na capital paulista
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), divulgou relatório nesta quinta-feira em que aponta que uma série de falhas de manutenção levou à queda do helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat, que era apresentador da BandNews FM 96.9 de São Paulo e da Band TV. O acidente ocorreu na Rodovia Anhanguera, na capital paulista, no dia 11 de fevereiro, vitimando o jornalista e o piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci.
Segundo o relatório do Cenipa, o piloto tomou atitudes consideradas erradas durante a operação do helicóptero. De acordo com o relatório, Ronaldo não verificou se os instrumentos de bordo estavam funcionando perfeitamente e suas atitudes durante o voo também contribuíram para o acidente.
O relatório ainda apontou que alguns itens foram cruciais para a queda do helicóptero, como as falhas no compressor da aeronave, que não teve nenhuma atualização ou troca completa desde 1988 e o equipamento estava com peças vencidas no momento do acidente. Segundo o Cenipa, o tubo de distribuição de óleo da aeronave também “estava com o calendário de troca excedido várias vezes”.
Morte de Boechat causou grande comoção entre profissionais do Rádio e TV
A morte do jornalista Ricardo Boechat repercutiu nas emissoras concorrentes da BandNews FM 96.9 de São Paulo, onde Boechat era âncora do Jornal da BandNews FM. Profissionais da CBN FM 90.5, Jovem Pan News AM 620, além da Rádio Bandeirantes FM 90.9 AM 840, Rádio Eldorado FM 107.3, entre outros veículos de São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades lamentaram a morte de Ricardo Boechat. Veículos internacionais também comentaram a sua morte.
Além disso, diversas manifestações de autoridades políticas também foram feitas. À época, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgaram nota lamentando a morte do jornalista. Também houve manifestações da ABERT e das associações estaduais.
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