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Rádio Brasileiro: Revisões históricas e a revolução digital redefinem mais de um século de transmissões

Professora doutora Nair Prata faz um panorama da radiodifusão, levantando uma discussão que tem movimentado o cenário da comunicação: o rádio brasileiro tem 102 anos?

Panorama dos 102 anos do rádio no Brasil
Antes de abordar especificamente o panorama do rádio no Brasil, conforme a pergunta, quero trazer ao leitor uma discussão que vem movimentando os pesquisadores, as publicações, as empresas de rádio, as associações e sindicatos de trabalhadores e até pautado as comemorações: o rádio brasileiro tem 102 anos? Completou 100 anos em 7 de setembro de 2022?

A resposta é não e vou explicar por quê. Para isso, trago alguns trechos da Carta Aberta Sobre o Pioneirismo no Rádio Brasileiro, documento que elucida bem esta questão, publicado em 10 de setembro de 2021 e assinado pelos mais destacados pesquisadores do país.

Inicialmente, a Carta Aberta explica as razões da crença sobre o possível centenário do rádio em 7 de setembro de 2022:

“As irradiações da Exposição Internacional do Rio Janeiro não se constituem no início oficial do rádio no Brasil. Por que se atribuiria a elas o qualificativo de “oficial”? As demonstrações visavam a comercialização de equipamentos para radiotelefonia e radiocomunicação. A confusão se deve ao fato de a primeira transmissão ter ocorrido durante a inauguração do evento, com o discurso do presidente da República, Epitácio Pessoa. Se foi “oficial”, quaisquer outras demonstrações de equipamentos durante a exposição também o foram. Há ainda, neste sentido, irradiações anteriores. Em 1º de abril de 1920, por exemplo, a Marconi Company realizou experiência com objetivo comercial semelhante, conectando as instalações da Marinha, na ilha das Cobras, com o Palácio Rio Negro, em Petrópolis, local de veraneio da Presidência da República. Essa última tinha como solicitante o governo. Uma das vozes transmitidas foi também a de Epitácio Pessoa, que, do palácio, conversou com um senador. Desta forma, poderia se caracterizar também como oficial”.

A Carta aponta que a primeira transmissão de som em território brasileiro, “ocorreu em 17 de abril de 1911, na costa da Bahia. Trata-se da demonstração do chamado sistema Telefunken a bordo do SMS von der Tann, cruzador-encouraçado alemão, de onde se transmitiu música captada pela Estação de Amaralina”. O texto lembra como foram estes primeiros registros sonoros:

“Em Recife, amadores operavam estações desde meados dos anos 1910. Foram passando da radiotelegrafia e da radiotelefonia para o rádio. Com o surgimento da KDKA, emissora pioneira dos Estados Unidos, intensifica-se o interesse deles em relação à transmissão sonora. No Brasil, tais irradiações seguiam sendo consideradas clandestinas. Há registros, inclusive, de perseguição das autoridades em relação aos que operavam essas estações. Por isso não há registros dessas transmissões, o que se resolve somente após a fundação da Rádio Sociedade e por hábil intermediação de Edgard Roquette-Pinto junto ao governo”.

Diante disso, fica claro que o rádio brasileiro não tem 102 anos, mas um pouco mais do que isso. E, nestes mais de 100 anos, é possível traçar um panorama a partir de oito fases principais:

  1. Anos 1920: início das transmissões regulares, com a entrada em operação de várias emissoras pelo país. Em Minas Gerais, nascia a Rádio Sociedade de Juiz de Fora, em 1926 e a Rádio Mineira, em 1927.
  2. Anos 1930: expansão das emissoras e popularização do rádio, tornando-se um veículo de informação e entretenimento. Além disso, passa a ser um negócio, com a oficialização da publicidade. Em Minas Gerais, nascia a Rádio Guarani, em 1931 e a Rádio Inconfidência, em 1936.
  3. Anos 1940-1950: a chamada Era de Ouro, com a popularização das radionovelas e dos programas de auditório e o surgimento de ícones da música popular brasileira, como Carmen Miranda e Ary Barroso. O rádio também se torna um importante meio de propaganda política, sendo utilizado por governos como o de Getúlio Vargas para difundir ideais e consolidar sua influência. Em Minas Gerais, nascia a Rádio Itatiaia, em 1952.
  4. Anos 1950-1960: com a chegada da televisão o rádio perde parte de sua audiência, especialmente nos programas de entretenimento visual. Mas as emissoras começam a adaptar seu conteúdo, focando mais em noticiários e programas musicais, que continuaram a atrair uma grande audiência.
  5. Anos 1970-1980: a popularização das rádios FM traz uma melhor qualidade de som para as transmissões, mudando o perfil de algumas emissoras, que adotam programações mais musicais e segmentadas.
  6. Anos 1990-2000: há um avanço no número de emissoras comunitárias, permitindo maior diversidade de vozes e conteúdos regionais. E o avanço tecnológico traz a digitalização dos processos de produção e a transmissão do rádio via internet.
  7. Anos 2010-2020: com a internet, o rádio expandiu sua presença para as plataformas digitais, como as webradios e os podcasts, que trouxeram um novo formato de consumo de conteúdo. Com a convergência midiática, o rádio passou a se integrar a outras mídias, como redes sociais e aplicativos de streaming, ampliando seu alcance e se adaptando aos novos hábitos de consumo.
  8. Anos 2020: durante a pandemia de Covid-19, o rádio reafirmou sua importância como fonte confiável de informação em tempo real. Os novos cenários levaram a uma maior integração entre o rádio e outras plataformas digitais, com emissoras transmitindo simultaneamente no YouTube, redes sociais e aplicativos, e a maior interação com o público.

O papel do rádio no cenário nacional
O rádio desempenha um papel fundamental no cenário brasileiro, exercendo influência em várias esferas da sociedade. Continua a ser uma peça central no ecossistema midiático nacional, desempenhando múltiplos papéis que vão além da simples transmissão de conteúdo, integrando-se profundamente na vida cotidiana dos brasileiros e na dinâmica social, cultural e política do país.

Podemos destacar algumas das principais contribuições do rádio no Brasil, a partir de vários aspectos. Como meio de comunicação de massa, o rádio é um dos veículos mais acessíveis no Brasil, alcançando áreas remotas onde outros meios, como a internet e a televisão, têm dificuldades de chegar. Isso faz do rádio uma ferramenta essencial para informar a população em todo o território nacional. Além disso, permite a transmissão de informações em tempo real, sendo crucial para a cobertura de eventos ao vivo, como notícias de última hora, emergências e eventos esportivos.

 No que toca à identidade nacional, o rádio tem sido um grande promotor da cultura e da música brasileira, ajudando a divulgar novos talentos e gêneros musicais. Programas de rádio ao longo das décadas apresentaram ao público artistas que se tornaram ícones da música nacional. E com a existência de rádios comunitárias e regionais, o rádio também desempenha um papel importante na preservação e disseminação de culturas e tradições locais, fortalecendo a identidade cultural brasileira.

O rádio também permanece na sua vocação primeira de voltar suas transmissões para a educação, conforme destacava Roquette-Pinto. Historicamente, o rádio foi utilizado em programas de educação à distância, especialmente em áreas rurais e para populações com pouco acesso a escolas e universidades e, na pandemia, tornou-se veículo importante na veiculação de aulas em regiões com acesso limitado à internet. E como um meio de comunicação amplamente utilizado, o rádio contribui significativamente para a formação de opinião pública. Programas de debates, entrevistas e comentários sobre questões políticas, econômicas e sociais ajudam a informar e influenciar as percepções dos ouvintes.

Um papel importante desempenhado pelo rádio é a integração social, sendo voz para comunidades marginalizadas ao oferecer um espaço para que estas expressem suas necessidades e preocupações. O rádio facilita o diálogo entre diferentes grupos sociais, promovendo a inclusão e a participação cidadã em questões de interesse coletivo.

Uma vocação inseparável da natureza do rádio é o entretenimento, ao ofertar uma ampla gama de programas nesta área, incluindo música, humor, esportes, novelas e programas de auditório. Essa diversidade atrai um público amplo e de todas as idades. E, para muitos brasileiros, o rádio serve como uma companhia diária, especialmente em locais de trabalho, no trânsito e em casa. Além disso, as interações ao vivo entre apresentadores e ouvintes criam uma sensação de proximidade e comunidade.

O rádio também tem forte atuação como instrumento de mobilização, sendo amplamente utilizado para campanhas de conscientização em saúde, segurança, educação e outros temas de interesse público, ajudando a mobilizar a população para ações coletivas. Durante períodos eleitorais, por exemplo, o rádio se torna uma ferramenta chave para a divulgação de propostas e para o debate político, desempenhando um papel importante na democracia brasileira.

É inegável a capacidade de resiliência e adaptação do rádio à era digital. Mesmo com o avanço das tecnologias digitais, o rádio soube se adaptar, integrando-se a plataformas como a internet, aplicativos móveis e redes sociais. Isso permitiu que o meio se mantivesse relevante e acessível às novas gerações.

Por fim, é importante destacar a contribuição econômica do veículo por meio da geração de empregos. O setor radiofônico emprega milhares de profissionais, desde locutores e jornalistas até técnicos e profissionais de marketing. Também é um canal importante para a publicidade, especialmente para pequenas e médias empresas que utilizam as rádios locais para alcançar seus públicos.

A importância da radiodifusão no cenário socioeconômico brasileiro
A radiodifusão no Brasil é um pilar central na comunicação, na promoção da cultura, na inclusão social, na educação e na economia, sendo essencial para o desenvolvimento socioeconômico do país. Representa uma importância fundamental no cenário socioeconômico brasileiro, desempenhando vários papéis cruciais.

A radiodifusão atinge uma vasta parcela da população, incluindo áreas rurais e regiões com acesso limitado a outros meios de comunicação, possibilitando a disseminação de informações, cultura e entretenimento de maneira ampla e inclusiva. Também desempenha um papel central na promoção e valorização da cultura brasileira, oferecendo espaço para a música, teatro, literatura e tradições regionais. A diversidade cultural do país é frequentemente refletida e preservada através dos programas de rádio e TV.

Outro ponto importante é que a radiodifusão aberta não exige grandes recursos para ser consumida, permite que pessoas de diferentes classes sociais tenham acesso a informações e entretenimento. Isso é especialmente relevante em um país com grandes desigualdades socioeconômicas como o Brasil. Além disso, também atua como ferramenta educativa, com programas voltados para a educação, desde a alfabetização de adultos até a disseminação de informações sobre saúde, cidadania e outros temas de interesse público.

A partir do olhar socioeconômico, é importante lembrar a vocação para a geração de postos de trabalho e renda, já que a indústria da radiodifusão é uma fonte significativa de empregos diretos e indiretos no Brasil, desde a produção de conteúdo até a engenharia de transmissão, passando pela publicidade e administração, milhares de brasileiros dependem desse setor. A radiodifusão é um importante veículo para a publicidade, o que impulsiona o consumo e o desenvolvimento econômico. Empresas de todos os tamanhos utilizam o rádio e a TV para promover seus produtos e serviços, o que dinamiza a economia.

Por fim, vale lembrar que durante eventos de grande importância, como eleições, desastres naturais ou acontecimentos esportivos, a radiodifusão desempenha um papel crítico na informação rápida e acessível à população, contribuindo para a formação da opinião pública e a mobilização social.

Benefícios da migração do AM para o FM no Brasil
Em primeiro lugar, é preciso destacar a importância do rádio AM no cenário midiático brasileiro. O AM foi o primeiro meio de comunicação de massa no país. Presente ao mesmo tempo em toda parte, foi importante na disseminação de costumes, ideais políticos e democráticos e na construção cultural da integração nacional graças ao alcance de seu sinal com forte predomínio em cidades interioranas. Até o final dos anos 60, ouvir rádio AM era uma experiência imersiva, coletiva e familiar. Porém, as mudanças tecnológicas e sociais do século XXI como o crescimento da internet, dos dispositivos móveis, da transmissão via satélite e a disseminação de mídias de gravação e reprodução de música por streaming passaram a ameaçar a sustentabilidade dessa frequência histórica.

Há pelo menos duas décadas, observa-se o crescente declínio do AM no Brasil. Além da notória diferença na qualidade do áudio em relação ao FM, o crescimento urbano aumenta cada vez mais o nível de ruídos, interferências e poluição na faixa de ondas médias. Com a deterioração da qualidade de áudio, os ouvintes passaram a enfrentar dificuldades para sintonizar emissoras em AM, seja em receptores de mesa ou de automóveis. Soma-se a isso, as dificuldades técnicas/operacionais de recepção em dispositivos móveis como os smartphones. A estagnação do rádio AM provocou a queda de audiência e, consequentemente, reduziu a competividade no dial.

Com foco na busca de uma solução para a queda de prestígio e competividade do AM foi desencadeado um processo de construção do marco regulatório da migração, que culminou em 7 de novembro de 2013, Dia do Radialista, com a assinatura pela presidente Dilma Rousseff do decreto nº 8.139/2013, dispondo “sobre as condições para extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local e sobre a adaptação das outorgas vigentes para execução deste serviço”.

A partir de uma pesquisa nacional que eu e a professora Nélia Del Bianco (Universidade de Brasília) realizamos em 2018, com radiodifusores de todo o país, é possível apontar que a migração para o FM é a solução para melhorar a qualidade do som, garantir presença no celular, aumentar o faturamento e viabilizar a continuidade da oferta do serviço. A mudança representa uma oportunidade para renovar a programação, seja no conteúdo, plasticidade e sonoridade, além de ampliar a interação com a audiência a partir de dispositivos móveis.

Nesta pesquisa, disponível no livro Migração do AM para o FM, publicado pela Editora Insular, apontamos também os principais desafios das emissoras no processo de migração: preparar a equipe para o FM; fazer uma programação diferenciada no FM; aumentar o faturamento buscando novos anunciantes, mas sem perder os atuais; conquistar um novo público para a manutenção e ampliação da audiência; consolidar uma marca forte no FM; posicionar-se frente à concorrência; interagir em ambiente multiplataforma; entender as características tecnológicas do FM; arcar com os custos da migração e investir em inovação.

Em resumo, o processo de migração desvela um rádio que se esforça nas tentativas de se reinventar, buscando novos públicos, novas formas de sustentabilidade e novos modos de sobrevivência em um ecossistema midiático em profunda reconfiguração.

A relevância do rádio para a publicidade no Brasil
O rádio é uma indústria e, como tal, depende visceralmente de recursos financeiros para sua sustentabilidade. No Brasil, no entanto, a radiofonia não nasceu com vocação comercial, mas tinha como propósito a educação e a cultura, como defendia Roquette-Pinto. Porém, já nos primeiros tempos, a publicidade passou a fazer parte das transmissões radiofônicas, gerando divisas para as emissoras e movimentando o negócio.

O rádio como negócio foi instaurado na década de 1930. Aos poucos, a introdução de mensagens comerciais deu lugar ao modelo educativo e cultural que se pensava até então, impactando a sociedade de forma definitiva. O presidente Getúlio Vargas, com o Decreto-Lei nº 21.111, de 1º/3/1932, autorizou e regulamentou a publicidade e a propaganda pelo rádio. Além de autorizar a propaganda radiofônica, limitava essa comercialização a 10% do total da programação. É interessante observar que o business na televisão brasileira, diferentemente do rádio, nasceu junto com o novo veículo, pois a primeira transmissão da TV Tupi de Assis Chateaubriand, em 1950, foi patrocinada por quatro grandes empresas.

Mas, mesmo antes da permissão oficial, a publicidade já aparecia nas programações do rádio brasileiro,  , como forma de sustentação econômica. Um dos primeiros jingles veiculados é da década de 30: o compositor e cartunista Antônio Nássara improvisou, ao vivo, um fado para anunciar uma padaria do Rio de Janeiro. A letra dizia: “Seu padeiro não se esqueça, tenha sempre na lembrança, o melhor pão é o da padaria Bragança.”

O rádio continua a ser uma ferramenta poderosa e relevante para a publicidade no Brasil, capaz de alcançar diferentes públicos e adaptável a diversas estratégias de marketing. O pesquisador e professor Clóvis Reis divide a história da publicidade radiofônica no Brasil em quatro períodos: 1) a descoberta dos formatos de anúncio, de 1922 a 1930; 2) a expansão e consolidação dos investimentos, de 1930 a 1960; 3) as mudanças ante a presença da televisão, de 1960 a 1980 e 4) a transição para um novo modelo de mercado, a partir de 1980.

Este novo modelo de mercado pressupõe uma reconfiguração do negócio rádio, já que vivemos em uma era dominada por mídias digitais. Já não é possível se pensar na publicidade com a mesma formatação das primeiras décadas, mas em novos modelos de negócio mais amplos e mais alinhados aos novos tempos e novos públicos.

É possível apontar que a importância do rádio para a publicidade pode ser compreendida a partir de alguns aspectos.

O rádio atinge um público vasto e diversificado em todo o Brasil, incluindo áreas urbanas e rurais. Em muitas regiões remotas, onde o acesso à internet e à televisão é limitado, o rádio ainda é uma das principais fontes de informação e entretenimento. Comparado a outras mídias, como televisão e internet, o rádio oferece uma opção mais acessível para anunciantes, especialmente para pequenas e médias empresas. As campanhas de rádio tendem a ser mais baratas de produzir e veicular, permitindo que empresas com orçamentos menores atinjam seus públicos-alvo de maneira eficaz.

Além disso, o rádio permite uma segmentação geográfica precisa, com estações que atendem públicos específicos em áreas delimitadas. Isso é particularmente útil para empresas que desejam focar suas campanhas em mercados locais ou regionais. A natureza ao vivo do rádio permite um alto nível de engajamento com os ouvintes. Programas interativos, onde ouvintes podem ligar e participar, aumentam a conexão entre a audiência e as marcas anunciadas. Além disso, o rádio pode reagir rapidamente a eventos e tendências, permitindo uma publicidade mais oportuna.

Em estratégias de marketing integradas, o rádio frequentemente complementa outras formas de mídia, reforçando mensagens de campanhas veiculadas na televisão, internet ou mídia impressa. Sua presença no dia a dia das pessoas, especialmente durante o trânsito, garante um alcance adicional para campanhas publicitárias. E com a digitalização, muitas estações de rádio transmitem online, permitindo que alcancem ouvintes em plataformas digitais, ampliando seu alcance e relevância no ambiente online.

Profa. Dra. Nair Prata: Jornalista (UFMG), doutora em Linguística Aplicada (UFMG), pós-doutora em Comunicação (Universidad de Navarra – Espanha). Trabalhou 14 anos na Rádio Itatiaia. Professora do Mestrado em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto e do Mestrado e Doutorado em Tecnologia da Informação e Comunicação e Gestão do Conhecimento da Universidade FUMEC. Tem 30 livros publicados e dezenas de artigos e capítulos de livros sobre rádio e comunicação.

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