Queijos produzidos com leite de zebu conquistam prêmio internacional

 

Os queijos produzidos com leite de zebu foram premiados em um dos principais concursos de queijos do mundo, o Mondial du Fromage de Tours, na França. O concurso avaliou queijos de 15 países. Os queijos brasileiros levaram um Super Ouro, uma prata e três medalhas de bronze. O julgamento sensorial avaliou os atributos aparência, sabor e textura.

O queijo que conquistou o Super Ouro foi o Pardinho Cuesta. Produzido na Fazenda Santanna, com leite de vaca da raça gir, é maturado sobre madeiras em caves subterrâneas durante 1 ano e meio; a massa contém cristais e sabor que remete à avelã, nozes e caramelo, com um leve toque salgado no final. O produtor também levou para casa a medalha de prata com o queijo Mandala.

O queijo Serra do Pico, vencedor da medalha de bronze, é fabricado na Fazenda Carnaúba, em Taperoá, na Paraíba. Feito com leite de vacas das raças guzerá e sindi, é maturado durante 60 dias. Ele foi criado pelos primos Ariano Suassuna e Manuelito Dantas, para valorizar a cultura brasileira.

Entre os queijos premiados na competição está o Curupira, feito com leite de vacas das raças gir e guzerá, produzido pelo criador Túlio Madureira com leite 100% zebu. O queijo, que é maturado durante 6 meses, é macio, tem gosto picante e amendoado.

A cidade Mineira de Datas, na região de Diamantina, também abriga um queijo premiado. O queijo Datas Guzerá, fabricado por Richard Santos, ganhou uma das medalhas de bronze. É produzido com leite da raça guzerá e de modo artesanal, a partir de leite cru, e curado na própria fazenda.

As premiações e o crescimento da produção de queijos a partir de leite zebuíno demonstram o valor e a qualidade de um produto que ainda tem muito a mostrar no mercado. Pensando nisso, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) lançou durante a 85ª ExpoZebu o selo Leite de Zebu. A chancela tem como objetivo valorizar todos os produtos oriundos do zebu. “O selo vai agregar valor de mercado, propiciando uma rentabilidade maior para o produtor. É uma conquista, valorizando o que a gente faz no dia a dia nas nossas fazendas”, explica Eduardo Falcão.

Para que o produtor tenha acesso ao selo, é preciso que se enquadre em algumas regras, entre elas desenvolver o controle leiteiro, estar inscrito no PMGZ Leite Max e em algum órgão municipal, estadual ou federal, além de ter 100% das matrizes zebuínas registradas na ABCZ.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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