Iniciativa foi definida em consulta popular é será financiada com recursos do Termo de Reparação ao rompimento da Vale, em Brumadinho
O Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Mário Campos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai receber melhorias para o atendimento à população. Foi autorizado o início da execução de um projeto para a reforma e a ampliação de duas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
As melhorias estão previstas para ocorrer na UBS Amarelo, no bairro Bom Jardim, e na UBS 24h, na região central da cidade. A iniciativa foi definida na consulta popular e será financiada com recursos do Termo de Reparação ao rompimento da Vale, em Brumadinho. Toda a execução do projeto é uma obrigação da mineradora.
Na primeira etapa, estão previstos os estudos, a elaboração dos projetos de engenharia e arquitetura, a compra dos materiais e a contratação dos serviços necessários para a obra. O valor estimado para esta fase é de R$ 864 mil e o prazo para conclusão é de um ano e três meses.
Concluída e aprovada a primeira fase, as obras são iniciadas. Entre as medidas previstas, estão as reformas de consultórios, de salas de raio-x, de farmácia, do setor de zoonoses, da sala de observação e curativos, além da ampliação do setor de odontologia e de guarda médica.
O objetivo do projeto é fortalecer a assistência em saúde pública para as comunidades urbanas e rurais de Mário Campos, bem como para os visitantes do município.
Reparação socioeconômica
Mário Campos faz divisa com Brumadinho e é um dos 26 municípios considerados atingidos pelo rompimento das barragens da Vale, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, que tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos ambientais, econômicos e sociais.
O projeto “Reforma e ampliação de duas Unidades Básicas de Saúde” é referente ao Programa de Reparação Socioeconômica (Anexo I.3), do Termo de Reparação. A temática da Saúde foi considerada pela população a mais importante para receber investimentos na consulta popular.
Atualmente, Mário Campos conta com oito projetos socioeconômicos em execução. O andamento dessas iniciativas é acompanhado pela auditoria da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Todo o processo é monitorado e fiscalizado pelos compromitentes do Termo de Reparação – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DP-MG).
As informações são da Agência Minas.
Foto: Prefeitura de Mário Campos / Divulgação