Foto: Dirceu Aurélio/ Imprensa MG
Nos tempos de Covid-19, os professores passaram por diversos obstáculos para educar seus alunos, seja ele da perda parental devido a doença e até mesmo enfrentando dificuldades em mediar suas aulas no âmbito tecnológico. Mas, com o passar dos pesares, a pandemia foi diminuindo e as aulas começaram a voltar para o presencial, entretanto, novas dificuldades foram aparecendo no caminho desses docentes e agora cabe a eles se reinventarem para lidar com esses novos desafios.
Durante a pandemia de Covid-19, alguns alunos do ensino público brasileiro sofreram com a defasagem em suas educações, pois muitas das vezes não provinham de equipamentos tecnológicos para acompanhar as aulas de forma remota. Um estudo realizado pela Alicerce Educação avaliou 2.763 alunos em todo o país. Os jovens avaliados apresentaram uma defasagem de 4,5 anos em matemática e 3,3 anos de defasagem em leitura e 4,2 anos em redação. A professora do ensino fundamental I, Carina Colina, relatou à nossa reportagem que vem tentando resgatar a rotina escolar de seus alunos. “Primeiramente, o diálogo. Antes de qualquer aula faço uma conversa sobre o que precisamos vencer naquele dia, naquela semana e trimestre e assim vamos resgatando aos poucos a importância do aprendizado em sala de aula.”
Além de combater a defasagem escolar, os professores estão tendo como desafio a saúde mental de seus alunos. A professora, Carina Colina, disse também que o principal desafio enfrentado pelos professores pós-pandemia foi “a parte emocional das crianças, pois muitas delas perderam entes queridos e se tornou necessário antes de mais nada”.
O cenário da volta foi conturbado, os professores tiveram que lidar com novos desafios e uma vivência totalmente diferente daquilo que eles já haviam passado em toda sua carreira. “Acredito ter sido o maior desafio vivido não só por nós professores, mas por toda a comunidade escolar. Nós servidores da Prefeitura de Belo Horizonte, voltamos pra escola ainda em meio a pandemia. Tivemos que reinventar tudo no início dessa volta”, relata a professora, Carina Colina.