Prédios devem resistir ao fogo por 180 minutos, mas o de S. Paulo – de concreto e aço – resistiu só por 90

O incêndio e o desabamento do prédio de 24 andares no centro de São Paulo foram uma “tragédia anunciada” pela falta de sistemas de proteção antifogo, por falta de ação do poder público e pela estrutura mista de concreto e aço do edifício, menos resistente ao fogo. RESISTÊNCIAA análise é de Paulo Helene, professor de engenharia da Universidade de São Paulo, ouvido pela BBC. “O prédio tinha um núcleo central de elevadores (retirados) e escadas em concreto. Os demais eram pilares metálicos, com resistência bem menor ao fogo. Essa pode ser uma das explicações para ele ter caído tão rápido”, diz Paulo Helene. CONCRETONa época em que o edifício foi construído, nos anos 1960, boa parte dos prédios no Brasil era feito apenas de concreto, que funciona como uma espécie de isolante térmico. Com o tempo, a construção civil passou a incorporar estruturas metálicas nos edifícios. TÉRMICA”Era uma concepção até moderna para a época”, afirma o engenheiro. O problema, ele pondera, é que a estrutura do prédio que desabou praticamente não tinha elementos de proteção térmica. RESISTIRO professor também disse que, de acordo com normas nacionais e internacionais de segurança, prédios dessa altura deveriam resistir sem desabar, em caso de incêndio, por pelo menos 180 minutos, mas o edifício em São Paulo resistiu por apenas 90 minutos.

Postado originalmente por: 93 FM

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