Portaria estabelece protocolo para velórios e enterros de vítimas de Covid-19 em Uberaba

Com duas mortes confirmadas por Covid-19, funerárias e cemitérios devem seguir protocolo para realização de velórios e enterros de pessoas vítimas da doença em Uberaba. Uma portaria interna (n.º 03/2020), datada de 8 de abril, assinada por Antônio Sebastião, o Toninho, titular da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, regulamenta a condução destes serviços.

As orientações estão baseadas nas instruções sobre o manejo de corpos no contexto do coronavírus expedida pelo Ministério da Saúde. No texto, a recomendação é para que não aconteça velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da doença durante o período de quarentena.

Caso ocorra, no entanto, é preciso observar uma série de recomendações, como manter a urna fechada durante o velório e funeral, evitando qualquer contato – toque ou beijo – com o corpo do falecido em nenhum momento.

No post-mortem, deve ser disponibilizado água e sabão, papel toalha e álcool gel para a higienização das mãos durante todo o velório, disponibilizar a urna em local aberto e ventilado e evitar, especialmente, a presença de pessoas do grupo de risco nos locais. Além disso, a portaria recomenda o uso de máscara para os presentes, que devem permanecer o mínimo possível no local e evitar o contato físico com os demais.

Não se deve fornecer alimentos e, quanto às bebidas, deve ser observado o não compartilhamento de copos. E mais: a cerimônia de sepultamento não deve contar com aglomerado de pessoas, respeitando a distância mínima de, pelo menos, dois metros entre elas, bem como outras medidas de isolamento social e de etiqueta respiratória.

Já o enterro deve ocorrer com no máximo 10 pessoas, não pelo risco biológico do corpo, mas sim pela contraindicação de aglomerações.

O empresário Max Magalhães, da Funerária Magalhães, continua defendendo a suspensão de todos os velórios em nível nacional para evitar o contágio por Covid-19. Segundo ele, o governo federal não está disponibilizando exame para toda internação, não se sabe com exatidão se a pessoa faleceu ou não por coronavírus. “O correto para não ocorrer o risco de contaminação é que todos os velórios sejam suspensos em tempos de pandemia”, conclui.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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