Nestas quarta (23) e quinta-feira (24), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) iniciará os processos de contratações de empresa para a readequação de trevos nos bairros Vale do Ipê, na região central, e Teixeiras, na Zona Sul. Juntas, as obras terão aporte de R$ 108 mil dos cofres municipais, segundo estimativa da PJF e, em caso de andamento do processo sem intercorrências, podem ser concluídas ainda em 2020.
Nos editais publicados pelo município, os trabalhos são justificados “pela necessidade de urbanização das áreas, dando maior fluidez do trânsito destes locais”. Na prática, as mudanças no Vale do Ipê serão moderadas em comparação às intervenções na Zona Sul, que irão interferir tanto na vida do pedestre juiz-forano quando na de motoristas que transitam pela movimentada Avenida Doutor Paulo Japiassú Coelho.
Retirada de faixa no Vale do Ipê
No Vale do Ipê, o trevo que será reformado é situado próximo ao número 445 da Rua Antônio Fellet. A abertura da licitação está prevista para o dia 23 de setembro, na sala de reuniões da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH), na Avenida Brasil 2001, 6º andar, em processo que ocorre pelo modelo de menor preço. Seguindo avaliação da Prefeitura, a empreitada tem valor de contratação previsto em R$ 35.677,85.
Reflexo do valor empregado, a readequação no Bairro Vale do Ipê será mais simples em comparação à do Teixeiras. Será retirada a faixa de pedestres no entorno da rotatória que permite a movimentação em direção aos bairros Democrata, Santa Catarina e Borboleta. O objetivo é impedir que as pessoas tenham que passar pelo risco de transitar pelo centro da via. “Com essa readequação, a gente vai conseguir retirar o pedestre do meio do trevo, ficando no entorno e mantendo a segurança. Você consegue dar maior fluidez aos veículos ao garantir duas faixas em torno do trevo”, explica a gerente de projetos da Settra, Andreia Santos.
Mudanças profundas no trânsito do Teixeiras
As obras no trevo do Bairro Teixeiras – localizado na altura do número 99 da Avenida Doutor Paulo Japiassú Coelho -, por outro lado, serão mais custosas aos cofres municipais, abocanhando até R$ 72.364,19. A projeção do valor também foi feita pela PJF, devendo mudar de acordo com as propostas das empresas interessadas. A licitação, que também ocorre pelo modelo de menor preço, tem abertura prevista para o dia 24 de setembro, na sala de reuniões da SARH no prédio da Prefeitura.
As mudanças no tráfego serão mais profundas na obra da Zona Sul, refletindo também no fluxo de veículos em ruas paralelas à Japiassú. Na via, serão colocados dois semáforos para travessia de pedestres: um ao lado da Praça Doutor Dirceu de Andrade, próximo à Avenida Pantaleone Arcuri; e outro próximo ao número 169 da Japiassú. “Queremos dar segurança ao pedestre na travessia da Paulo Japiassú”, argumenta Andreia.
Uma das rotatórias também será retirada do trevo do Teixeiras, impedindo a circulação de veículos que, hoje, podem trafegar diretamente entre a Alameda Alexandre Leonel e a Avenida Dr. Paulo Japiassú Coelho, em direção ao Parque da Lajinha. O trajeto, após a conclusão das obras, terá que ser feito passando pela Rua Miguel José Mansur, depois Rua Ministro Amaurílio Lopes Salgado e, por fim, Rua Tom Fagundes, onde o motorista conseguirá transpor a Japiassú Coelho e acessar a pista no sentido Parque da Lajinha após a passagem por um semáforo.
Na visão da Settra, a lentidão que seria causada pelos dois novos semáforos que serão implantados na região será mitigada pela maior fluidez oferecida pela retirada da rotatória. “Hoje, na Paulo Japiassú o motorista tem que esperar quem está fazendo o contorno. Vamos tirar aqueles veículos dali. Vai dar fluidez”, argumenta a gerente de projetos.
‘Licitação deserta’
As readequações dos trevos estão nos planos da Settra há quase um ano. A primeira tentativa de licitação ocorreu ainda em dezembro, mas não houve empresas interessadas na execução do serviço – “licitação deserta”, como é nomeada no meio jurídico. Após a primeira tentativa frustrada, a pasta municipal teve que fazer uma revisão orçamentária do projeto, que durou até julho deste ano, quando novamente o processo foi publicado e não teve empresa interessada.
Para a terceira tentativa, realizada agora, não foi necessária a revisão do projeto, o que garantiu maior agilidade na publicação do edital. O baixo custo relativo e a importância das obras foram fatores primordiais para o andamento acelerado do processo entre a segunda e a terceira tentativas de abertura. “A gente entende que são obras com baixo custo, e o benefício é grande”, afirma Andreia.
Possibilidade de conclusão em 2020
A Settra reluta em estimar prazo para a execução dos serviços em função das tentativas frustradas anteriormente. Em caso de finalmente o processo correr sem intercorrências, há a possibilidade da conclusão das obras ainda neste ano, uma vez que são estimados apenas dois meses para execução dos serviços. “Não sabemos se pode dar deserto ou se vai demorar a emitir a ordem de serviço, pela burocracia. A nossa intenção é que ela ocorra o mais rapidamente e, se possível, ainda em 2020”, completa a gerente de projetos da Settra.
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