Pesquisa de identidade e qualidade do queijo Cabacinha é lançada em Itaobim

Na quinta-feira (25/11), em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, aconteceu o lançamento da Pesquisa Técnica de Identidade e Qualidade do Queijo Cabacinha. O estudo será realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e vai avaliar os parâmetros físicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais do produto, depois de concluído, vai subsidiar a criação de uma regulamentação para o produto, típico da região.

Com a regulamentação aprovada, os produtores do Queijo Cabacinha do Vale do Jequitinhonha, poderão registrar suas queijarias e, com isso, comercializar seus produtos fora dos municípios onde são feitos e em outros estados do Brasil, aumentando a produção e gerando sustentabilidade econômica para a região.

O recurso de R$115 mil para a elaboração da pesquisa foi viabilizado, por meio de emenda parlamentar do Deputado Estadual Carlos Henrique. No mês de outubro, foi aprovado em 1º turno, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o Projeto de Lei 2638/2021, de autoria do parlamentar, que cria a Declaração de Origem do Queijo Artesanal Cabacinha, produzido no Vale do Jequitinhonha.

Reconhecimento

Em 2014, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG) realizou o estudo de caracterização do queijo Cabacinha em cinco municípios da região: Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina e Pedra Azul, que foram reconhecidos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), como produtora do queijo Cabacinha, por meio da Portaria IMA nº 1403.

Em 2021, os municípios de Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma e Ponto dos Volantes, também foram reconhecidos, Portaria IMA nº 2087.

O trabalho de caracterização realizado pela Emater-MG envolve o diagnóstico da forma de produção e os levantamentos histórico, cultural e da caracterização integrada do meio físico.

A mudança possibilitará oportunidades e ganhos em seus negócios, pois a formalização inspira confiança no consumidor, fortalece a cadeia produtiva e promove a qualidade do queijo.

 Tradição

O queijo Cabacinha é produzido artesanalmente por agricultores familiares e, além de ser um dos expoentes da cultura gastronômica mineira, tem grande relevância socioeconômica para a região Nordeste de Minas Gerais.

Produzido a partir do leite cru, acrescido de coalho e fermento láctico, o queijo é moldado manualmente em um formato que se assemelha a uma cabaça, o fruto da cabaceira que, quando maduro, é utilizado como recipiente e para a fabricação de instrumentos musicais. Depois de salgado em uma salmoura, o Cabacinha é pendurado para secar e maturar durante sete dias.

 

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