Permissionários do “camelódromo” estão em dificuldade financeira

Centro Popular de Compras deve permanecer fechado até a Justiça Federal destravar a possibilidade de alguma flexibilização

Com o “camelódromo” fechado há sessenta dias, em torno de 65 permissionários passam por dificuldades financeiras. “Nós só queremos trabalhar”, diz Carlos Antônio da Silva, diretor da Associação dos Ambulantes de Uberaba (Avau) e permissionário do Pop Centro. De acordo com ele, o “camelódromo” não pode abrir por força do decreto municipal e apenas 10% dos permissionários sabem trabalhar por meio das redes sociais.

A Avau encaminhou há vinte dias as demandas à administração municipal, com pedido de reabertura com medidas restritivas seguidas pelo comércio, porém não houve retorno algum. “Estamos esquecidos. Não recebemos nenhuma atenção neste momento de crise”, diz o permissionário, destacando que sequer houve contato da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que desenvolve o aplicativo MeBox – plataforma que vai auxiliar os empreendedores. Em contrapartida, ele destaca que as contas continuam sendo cobradas, como, por exemplo, as taxas de permissão do Pop Centro. Carlos Antônio informa que vários permissionários passam por dificuldade devido à falta de renda, e não há nenhuma ajuda externa às famílias. “O que tentamos é ajudar uns aos outros”, afirma.

Em nota, a PMU informa que o “camelódromo” permanece fechado por ser um shopping popular, seguindo recomendação do Grupo Estratégico de Gestão de Risco para a Covid-19. Além disso, decisão judicial trava qualquer flexibilização no comércio, impedindo qualquer medida quanto a uma possível reabertura. “A equipe jurídica está atenta à questão e aguardará os trâmites judiciais”, diz a nota.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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