A greve dos caminhoneiros completou nove dias nesta terça-feira (29), e vem gerando diversas consequências. No Brasil mais de 64 milhões de aves morreram, já em Minas Gerais o número é superior a cinco milhões.
De acordo com o membro do conselho diretor da Avimig – Associação dos Avicultores de Minas Gerais, Cláudio Faria, a vida do animal é curta e não pode ser interrompido. Além disso, a Avimig destacou que a avicultura é o segmento do setor produtivo mais sensível à greve.
Os problemas enfrentados pelos produtores por causa da paralisação é apenas uma parcela de um grande prejuízo calculado pela ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, já que cerca de 1 bilhão de aves podem morrer nos próximos dias por falta de ração.
Além disso, nas granjas o descarte de ovos fecundados e de filhotes de um dia virou rotina. Um exemplo é o Grupo Alvorada, de Itapetininga, em São Paulo, que já descartou um milhão de filhotes desde no início da greve, além do prejuízo que chega a R$ 4 milhões.
Vale ressaltar que os filhotes são descartados dentro de uma máquina nascedoura, ou seja, o ambiente onde os ovos são armazenados para o nascimento e depois seguem para o aterro sanitário.