A nova iniciativa do MPMG, tem como objetivo reunir objetos mineiros desaparecidos, recuperados e restituídos, passando a valer nesta terça feira (17).
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) lançou recentemente o novo sistema Sondar, que tem como objetivo resgatar bens culturais desaparecidos. A ferramenta, desenvolvida em parceria com a UFMG, é mais simples e intuitiva, e promete ampliar a proteção de bens culturais no estado.
O Sondar é uma plataforma online que reúne objetos mineiros desaparecidos, recuperados e restituídos. Atualmente, possui cerca de 2.500 bens culturais cadastrados, como documentos e peças de arte sacra. Desde o seu lançamento, há aproximadamente um ano, o sistema já ajudou a identificar ou recuperar 720 bens.
Durante o lançamento, foi destacada a importância da participação da comunidade na vigilância e recuperação desses bens. O promotor de Justiça ressaltou que a maioria dos furtos de bens culturais ocorre em pequenas cidades do interior, em imóveis sem segurança adequada. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais também enfatizou que o patrimônio histórico só tem significado se for vivido e valorizado pela comunidade.
O procurador-geral de Justiça reforçou a importância de conscientizar as pessoas sobre a importância de devolverem esses bens, que pertencem a toda a sociedade. O evento de lançamento contou com a presença de várias instituições e também foram realizadas palestras sobre novas abordagens para a devolução do patrimônio cultural.
O novo Sondar possui algumas novidades, como a possibilidade de a sociedade civil solicitar a inclusão de um bem específico na base de dados, mesmo que ele não tenha sido oficialmente declarado como patrimônio cultural. Também foi adicionado um comando de devolução voluntária, para incentivar a devolução de bens de procedência incerta. Além disso, as denúncias podem ser feitas de forma mais simples, através de um formulário eletrônico, e os usuários podem compartilhar imagens e informações sobre bens desaparecidos.
O comércio clandestino de bens culturais é um dos maiores mercados ilícitos do mundo, e o Brasil é um dos países mais afetados por esse problema. Com o novo Sondar, o MPMG espera criar a maior rede colaborativa de proteção do patrimônio cultural em Minas Gerais e tornar a base de dados mais representativa das identidades culturais do estado.