A escolha passa, entre outras coisas, por um aceno a um dos principais caciques da política brasileira
O governo Zema vai homenagear o ex-presidente Michel Temer com o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência, durante a tradicional cerimônia de 21 de abril, que marca a Inconfidência Mineira e a morte de Tiradentes. O evento acontece na próxima sexta-feira (21), em Ouro Preto.
A escolha de Temer como grande homenageado passa, entre outras coisas, por um aceno a um dos principais caciques da política brasileira. Temer, sem mandato desde 2019, ainda mantém forte influência no Congresso, no Judiciário e no mercado.
Oficialmente, o governo de Minas deve seguir a linha de que a homenagem será um reconhecimento de que Temer realizou ajuste fiscal em maio e uma crise econômica e conseguiu contornar uma crise política, cenário, este, que será comparado ao que Zema teria herdado em Minas.
Por outro lado, a homenagem ao ex-presidente também rivalizará com críticas feitas pelo presidente Lula (PT) a Temer. Em janeiro, durante uma visita ao Uruguai, o petista chamou Temer de “golpista”. Ele revidou ao, em nota, afirmar que “ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição”.
No ano passado, o escolhido para receber o Grande Colar foi o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Também já ganharam a condecoração o ex-presidente uruguaio José Mujica, em 2016, pelas mãos do então governador Fernando Pimentel (PT), e o ex-presidente do Supremo Ricardo Lewandowski.
As informações são da Itatiaia.
Foto: Divulgação.
