Em entrevista à Rádio Muriaé nesta quinta-feira (04) a assessora Jurídica do asilo Lar Ozanam Larissa Cerqueira confirmou que nos últimos dias quatro idosos que residiam no local perderam suas vidas devido a complicações causadas pela Covid-19.
Além dos óbitos, outros quatro idosos seguem internados na UPA. O estado de saúde deles não foi divulgado.
A entrevista contou também com o coordenador de epidemiologia do município, Jander Pereira e do assessor da Secretaria Municipal de Saúde Felipe Barbosa.
Ao todo, 36 idosos e 12 funcionários do asilo foram positivados. A assessora Jurídica do asilo informou que na última quarta-feira, dia 27 de janeiro, sete idosos passaram mal, todos com sintomas de Covid e imediatamente foram transferidos para a UPA.
A direção do asilo informou que imediatamente comunicou a Secretaria de Saúde sobre um possível surto da doença dentro da instituição e no mesmo dia, foram colocados à disposição uma ambulância e profissionais da saúde para acompanhar de perto toda a situação.
Na quinta-feira, dia 28, todos os idosos e funcionários realizaram o teste. As amostras foram enviadas para a Fundação Ezequiel Dias em Belo Horizonte e no início da semana os resultados chegaram.
Profissionais da Secretaria de Estado de Saúde estão analisando os dados para confirmar se houve surto da doença no estabelecimento, o que tudo indica que ocorreu.
No dia 20 de janeiro, todos os idosos e funcionários receberam a primeira dose da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantam em parceria com o laboratório chinês Sinovac, entretanto, segundo especialistas, para que o imunizante comece a fazer efeito, deverão ser aplicadas duas doses e aguardar mais alguns dias para que o corpo crie anticorpos e combata a doença.
A vacina foi aplicada no dia 20 de janeiro a todos os idosos e profissionais do asilo
Medidas adotadas para combater a pandemia
Durante a conversa, a advogada reforçou que desde o início da pandemia o asilo adotou rigorosas medidas sanitárias para evitar a proliferação do vírus e conseguiu resguardar os idosos nos últimos 10 meses.
Desde os primeiros casos registrados em Muriaé, em março de 2020, várias medidas de segurança foram adotadas no espaço, seguindo os protocolos desenvolvidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dentre as medidas adotadas, todos os funcionários trabalham com equipamentos de Proteção Individual como máscara, capote, touca, proteção facial, álcool em gel foram instalados em pontos estratégicos e as visitas foram suspensas. Apenas telefonemas e chamadas de vídeos são feitos desde o início da pandemia.
Nos últimos dias os idosos estão em isolamento total nos 18 quartos da instituição. Todo convívio social entre eles foi cortado até que a situação seja normalizada.
Caso seja confirmado o surto, esse será o maior ocorrido em Muriaé, desde o início da pandemia.
Fonte : Rádio Muriaé
Postado originalmente por: Rádio Muriaé