Durante sabatina, o candidato destacou que é necessário implementar uma ideologia de esquerda no país para combater os principais problemas. Ele também pediu que plebiscitos fossem realizados em bairros e periferias para decidir onde serão aplicados os investimentos do Estado
O candidato ao governo de Minas pelo PSTU, Jordano Metalúrgico, participou nessa terça-feira (25) de sabatina realizada pela TV Federaminas, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais.
Durante o debate, o candidato, que tem 29 anos e é natural de São João del-Rei, comentou sobre seu projeto de governo que foi feito elaborado, junto com sua legenda, com a proposta de garantir maior condição aos menos favorecidos.
Ao comentar o atual cenário, Jordano pontuou que os escândalos de corrupção revelados envolvendo grandes legendas partidárias ocasionaram em uma crise política. “Diante desse quadro de crise política, o país passa também por um momento de crise econômica. E que, infelizmente, quem está pagando por essa crise é a classe trabalhadora do nosso país. E quando eu falo dessa classe trabalhadora, eu envolvo pequenas empresas”, disse.
O candidato alegou que em Minas Gerais o número de desempregados soma mais de 13 milhões e em âmbito nacional este valor é de quase 28 milhões. Segundo dados do IBGE, a quantia informada por Jordano se refere também aos que gostariam de trabalhar, mas não podem, e aos que já desistiram de procurar emprego por motivos como estar empregado no mercado informal.
Para Jordano o governo, com o objetivo de que banqueiros e grandes empresas de mineração não fossem prejudicados, estaria sobrecarregando a casse trabalhadora, que seria quem de fato está “pagando pela crise”. O candidato fez citações negativas às mudanças propostas pelo atual governo como as reformas trabalhistas e da previdência.
O candidato pede que as receitas das empresas estatais sejam controladas pelos trabalhadores e não pelo setor Administrativo, além de ressaltar que é necessário retomar o controle de empresas que foram privatizadas, como, por exemplo, a Valle.
Jordano alega que importantes recursos estariam sendo repassados hoje a bancos e grandes empresas e que caso esse valor fosse destinado à população haveria uma melhor condição de vida para os trabalhadores. Ele destacou que a quantia possibilitaria investimentos em diversos setores como a infraestrutura e a valorização dos salários.
Diminuição da carga horária e dinheiro na mão do povo
O candidato garante que é preciso aumentar os salários dos trabalhadores e diminuir a carga horária. Como recurso para medida, ele diz que apenas a possibilidade de a população ter controle de grandes empresas seria o suficiente.
Jordano sugere que o Estado adote plebiscitos realizados em bairros e regiões mais pobres como periferias que seriam responsáveis por determinar onde seriam realizados os investimentos. “A riqueza não pode mais ficar concentrada nas mãos de poucas pessoas”, destacou.
Revolução socialista
O candidato cobrou que seja adotado uma ideologia de esquerda no país como solução para distribuição igualitárias de renda e garantia aos mais pobres.
“Somos um estado muito rico. Somos um país muito rico. O que é produzido é o suficiente para dar uma boa condição de vida para as pessoas. Porém é necessário a gente quebrar essa questão do capitalismo. É necessário a gente fazer uma revolução socialista. É necessário a gente implementar no nosso país a questão do socialismo”, criticou.
Segurança Pública
Ao comentar sobre segurança pública, o candidato disse que é primeiramente é necessário garantir qualidade de vida a população. Para exemplificar, Jordano cita o exemplo dos jovens que, quando saem das públicas, não tem condições de ingressarem em uma universidade.
Ele cobra uma mudança na sociedade para que não aconteça mais práticas agressivas contra minorias, como a classe LGBT. “Ou a gente organiza, ou a gente vai para uma barbarie, que já tá acontecendo”, comentou.
Veja a entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=eKQ1OvdP3ag