Inflação para os mais pobres e deflação para os mais ricos aponta estudo do IPEA

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira (14) a inflação dos alimentos e a deflação dos serviços, em meio à recessão provocada pela pandemia de covid-19. Este estudo aponta inflação maior para as famílias mais pobres. Em agosto, enquanto a taxa de inflação das famílias mais pobres apontou alta de 0,38%, a faixa de renda mais alta registrou uma deflação de 0,10%.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda para as famílias muito pobres acumula alta de 1,5% no ano. Para os mais ricos, há retração de 0,07% no índice. As diferenças nas composições das cestas de consumo, entre as famílias muito pobres e as famílias mais ricas, explica a diferença.

A faixa mais pobre tem renda domiciliar abaixo de R$ 1.650,50 mensais por família. A faixa mais rica tem renda domiciliar acima de R$ 16.5009,66 mensais por família. Segundo o Ipea, enquanto a inflação dos alimentos voltou a se acelerar em agosto, os descontos dados por creches e escolas particulares por causa da pandemia contribuíram para derrubar ainda mais o índice de serviços. O preço das mensalidades escolares é exemplo típico de item que afeta mais os orçamentos dos mais ricos, já que as famílias mais pobres, tipicamente, não gastam com mensalidades, pois recorrem ao ensino público.

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Postado originalmente por: Nova FM

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