Crime foi cometido contra uma pessoa em cadeira de rodas
O Ministério Público de Minas Gerais obteve, em Varginha, no Sul de Minas Gerais, a condenação de um homem a 16 anos de reclusão pelo homicídio de uma pessoa em uma cadeira de rodas. O crime foi reconhecido como hediondo, por motivo torpe, com recursos que dificultaram a defesa da vítima e com crueldade. O réu não poderá recorrer em liberdade.
Em 20 de janeiro de 2020, por volta das 16h, em uma mercearia no bairro Jardim Áurea, em Varginha, o réu matou a vítima, que estava em cadeira de rodas, em razão de uma queda, com vários disparos de arma de fogo. Na data dos fatos, a vítima foi até a mercearia defronte a sua casa, comprou uma água e ficou próximo da porta de acesso do estabelecimento.
Ao notar que o réu se aproximava, a vítima virou sua cadeira tentando se refugiar no interior do imóvel, porém, foi alcançada pelo réu, que efetuou vários disparos de arma de fogo, que a atingiram nas regiões da cabeça, torácica e abdominal.
Ao ouvir os disparos, a esposa da vítima, que mora em frente, correu até a mercearia e pediu para que o réu parasse, mas ele continuou atirando. Quando o réu verificou que não havia mais projéteis, evadiu-se do local.
Apurou-se que a vítima foi atacada por razões de desavenças anteriores decorrentes de outro homicídio, cometido em 2019, na mesma região da cidade. “Verifica-se que a forma como a vítima foi morta, com vários disparos de arma de fogo, desferidos contra as regiões da cabeça, torácica e abdominal, na presença de sua esposa, revelam a crueldade dos meios utilizados. Ademais, em um dos ferimentos foi constatada a formação de zona de tatuagem, demonstrando que o disparo foi efetuado a curta distância”, relata o promotor de Justiça Cesar Antonio de Lima na Denúncia O júri foi conduzido pelo promotor de Justiça Oziel Bastos de Amorim.
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