O governo do Uruguai se dispôs a ajudar na reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro, atingido por um incêndio no último domingo.
O diretor nacional de Cultura do Uruguai, Sergio Mautone, e o coordenador de museus do Uruguai, Javier Royer, registraram em carta o pesar pela perda do acervo durante o incêndio. No texto, eles afirmam em nome dos museus uruguaios a disposição para colaborar no que considerarem oportuno.
O acervo do Museu Nacional tinha 200 anos de história e guardava fósseis pré-históricos importantes. Como o crânio de Luzia, o humano mais antigo do Brasil e da América Latina, encontrado na década de 1970 em Santa Luzia. O Museu também abrigava o esqueleto da preguiça gigante, também encontrado em Minas Gerais.
A carta dos uruguaios foi direcionada ao diretor da URFJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Leher, ao diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner e ao presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Marcelo Araújo.
Para Graciela Pineiro, professora do Departamento de Paleontologia da Universidade Pública do Uruguai, os povos antigos da América do Sul cuidavam melhor de seus patrimônios e riquezas do que hoje em dia. Para Graciela, o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro poderia ter sido evitado exigindo autoridades, cuidado e atenção com o local.
A.W