Acordo de leniência, devido as denuncias na obra da Cidade Administrativa, foi de R$ 202 milhões
Nesta quarta-feira (23), o Governo de Minas deve anunciar que selou mais um acordo de leniência com a empreiteira Odebrecht, que alterou seu nome para OEC S.A. No contrato, a construtora vai pagar R$ 202,4 milhões num período de 21 anos, com parcelas corrigidas pela Selic, à Cemig e ao Estado.
Junto do tratado com a OEC S.A, foi selado um acordo de Não Persecução Cível, que tem por finalidade impedir o início de uma ação civil pública. As negociações ocorreram com a aprovação da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Advocacia-Geral do Estado (AGE).
Esse é o último acordo fechado entre o Governo de Minas e as empresas que sofreram as denuncias por corrupção no esquema da construção da Cidade Administrativa. É válido rememorar que, os outros dois acordos foram com as empresas OAS, agora chamada de Coesa S.A, que vai pagar R$ 42,7 milhões em 19 anos e a Andrade Gutierrez que desembolsará R$ 128,9 milhões, até 2030.
A investigação que começou em 2020, com a Polícia Federal, indiciou empresas e políticos por esquema de corrupção. No período da construção da Cidade Administrativa um processo de licitação foi conduzido a um grupo de empreiteiras para que elas pudessem vencer o processo.
O inquérito mostrou que o prejuízo aos cofres públicos foram de R$ 747 milhões. Vale lembrar que, o orçamento para construção da Cidade Administrativa era de R$ 900 milhões e segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), a obra passou de R$ 1,8 bilhão.
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG