O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, durante apresentação de balanço das ações do primeiro mandato ontem (20), ressaltou que o Estado superou os momentos mais difíceis e está organizado para avançar. Nos próximos quatro anos, Zema pretende manter a atração de investimentos em alta. Neste primeiro mandato, foram mais de R$ 271 bilhões atraídos e mais de 600 mil postos de trabalho gerados. Para os próximos quatro anos, a meta é atrair mais R$ 300 bilhões.
O governo do Estado pretende ainda realizar importantes obras de infraestrutura, como a expansão do metrô de Belo Horizonte e o Rodoanel, e implantar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A desestatização de empresas estaduais também deve avançar.
“Apesar de não termos avançado em tudo aquilo que nós gostaríamos, posso dizer que conseguimos avanços expressivos. Sabemos que subimos apenas os primeiros degraus de muitos mas, pelo menos, paramos de descer ou de ficarmos estagnados. Há quatro anos, a situação de Minas era muito muito mais grave do que a atual”.
De acordo com o governador, com a reorganização do Estado e as medidas adotadas como a desburocratização de processos, por exemplo, foi possível atrair para Minas diversas empresas que irão investir mais de R$ 271 bilhões. Nos últimos quatro anos, Zema também destacou a criação de mais de 600 mil postos de trabalho e a retomada do pagamento do funcionalismo em dia.
“Somente na atração de empresas, temos um número superior a R$ 270 bilhões. Então é provável que nós venhamos fechar este ciclo de quatro anos com o número praticamente dez vezes superior ao do governo passado. Enquanto ele destruiu – de acordo com o Caged do Ministério do Trabalho – mais de 200 mil empregos, nós, até outubro deste ano, de acordo com o mesmo indicador, criamos mais de 621 mil empregos formais”.
Outro ponto ressaltado foi o planejamento para execução de importantes projetos de infraestrutura. Ao todo, são três grandes projetos elencados como essenciais. Um deles é o do Rodoanel, que é a maior obra de infraestrutura do Estado e já teve a licitação homologada. Com a obra, espera-se que seja retirado do Anel Rodoviário de BH o tráfego de caminhões, reduzindo cerca de mil acidentes por ano e melhorando a fluidez do tráfego na capital mineira.
Já o leilão do metrô de Belo Horizonte, que está marcado para esta quinta-feira (22), segundo o governador, permitirá a revitalização da Linha 1 e a construção da Linha 2, o que beneficiará pelo menos 270 mil pessoas diariamente.
“Nosso futuro, pelo menos em Minas, posso dizer que é de muita esperança e de realizações. Só depende de nós. Vamos ter duas grandes obras em Belo Horizonte que vão mudar por completo o cenário aqui da Capital, o Rodoanel que foi fruto e é possível devido ao acordo da tragédia de Brumadinho e também a obra do metrô”.
Apesar das disputas judiciais e do pedido do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para o adiamento do processo que envolve a privatização da CBTU Minas, Zema se mantém otimista com a privatização do metrô.
“Parece-me que tem gente tentando evitar que aconteça, mas estamos confiantes de que nesta quinta-feira, dia 22 de dezembro, lá na B3, em São Paulo, o leilão seja realizado com êxito. Estas duas obras (metrô e Rodoanel) serão as maiores obras da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) das últimas décadas e vão melhorar muito o trânsito e a vida de quem mora aqui”.
Outro projeto – já com obras em andamento – é o Provias. Lançado em abril de 2022, é o maior pacote de obras rodoviárias da última década no Estado. São R$ 2 bilhões em investimentos diretos e cem obras de pavimentação e recuperação de rodovias espalhadas por todo Estado.
“Até o ano passado, não tínhamos recursos para pagar a folha em dia, o que dizer para fazermos investimentos. Mas, em 2022, recuperamos com asfalto novo 2 mil quilômetros de rodovia. Tudo isso – recuperação de rodovias, reformas de estradas, de escolas, de delegacias, polícia mais bem equipada, entre outros investimentos – vai continuar e está acontecendo nesse momento. Nos próximos quatro anos, nós teremos muito mais realizações do que tivemos nesse primeiro ciclo”.
Com informações do Diário do Comércio
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG