Após muitos anos trabalhando como autônomo, o gesseiro Clemente Oliveira viu o mercado minguar. Em busca de um emprego fixo, ele se cadastrou no Sine, Sistema Nacional de Emprego. Em 2017, mais de um milhão e oitocentas mil pessoas foram atendidas nas cento e trinta e duas unidades do Sine em Minas Gerais. No Sine, Clemente não só conseguiu um emprego para ele como também indicou o cunhado para outra vaga, como conta sua esposa Janete Ribeiro:
“Uma moça ligou aqui pra casa, porque o meu marido foi ao Sine, só que a vaga que ela ofereceu não tinha o perfil do meu marido, mas sim do meu irmão. E depois ela ainda colocou meu marido também, então os dois hoje estão trabalhando, tanto meu irmão quanto o meu marido, eles estão muito felizes e agradecidos.”
A taxa de desemprego no país, que chegou a atingir 14 milhões de pessoas em 2017, também afetou o mercado de trabalho mineiro. Por isso, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, SEDESE, desenvolveu vários projetos para driblar a falta de postos de trabalho. Um deles foi o Busca Ativa de Vagas. Todo mês, é feito um estudo sobre os setores da economia que mais estão contratando nos municípios mineiros. A partir daí,as empresas são contatadas pelo Sine, em busca de novas vagas, como explica o subsecretário do trabalho da Sedese Antônio Lambertucci:
“A Sedese também lançou um serviço de Busca Ativa de vagas de emprego em que uma equipe de trabalho, por meio da internet, por meio do teleatendimento e de visitas presenciais, ela vai até os empresários e dialoga com esses empresários pra que eles possam colocar suas vagas de emprego nos Sines. Isso ajudou também a aumentar as vagas oferecidas nos postos do Sine do Estado.”
A Sedese também desenvolveu programas para ampliar o mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Segundo o Censo de 2010, a população mineira com deficiência chega a quase 4 milhões e meio de pessoas. Uma das iniciativas da Sedese é a realização do Dia D, que coloca frente a frente empresas e pessoas com deficiência, em um grande feirão de empregos realizado em mais de 22 cidades mineiras. Outra ação da Sedese foi a capacitação dos atendentes dos postos do Sine na linguagem de libras, como conta Antônio Lambertucci:
“A Sedese também desenvolveu um curso de libras para os atendentes do Sine pra atenderem melhor a pessoa com deficiência. Mais de 700 atendentes do Sine, funcionários de prefeitura, servidores da Sedese estão realizando esse curso de libras que vai ajudar muito a colocar as pessoas.”
De janeiro a outubro de 2017, mais de 35 mil pessoas entraram no mercado formal de trabalho através no Sine em Minas Gerais. Isso representa um aumento de 48 por cento em relação a 2016. Para saber a localização das unidades do Sine e checar as oportunidades de emprego, os interessados podem acessar o site www.social.mg.gov.br, na aba Cidadão.