Força-tarefa da Cemig encerra missão no Rio Grande do Sul, após 27 dias de atuação no estado

Equipe de campo trabalhou no Bairro Sarandi, um dos mais afetados pela enchente na capital gaúcha

A força-tarefa da Cemig que atuou na recomposição do sistema elétrico no Rio Grande do Sul encerrou a missão no início do mês de junho, após 27 dias de intensa atuação nos trabalhos de apoio emergencial ao estado. Ao todo, foram mobilizados 21 empregados nesta ação, que contou com um engenheiro, técnicos e eletricistas nas operações terrestres, além de uma equipe composta por um piloto e um técnico de manutenção de aeronaves, que atuaram no suporte aéreo nas operações.

A primeira equipe da Cemig partiu de Minas Gerais no dia três de maio (3/5), para auxiliar a distribuidora RGE. O piloto e o especialista em manutenção de aeronaves realizaram vários sobrevoos na região, transportando técnicos e equipamentos, conforme a necessidade da distribuidora local. Foram realizados, pela aeronave da Cemig, 34 horas de voo e inspecionados cerca de 200 km de rede elétrica no RS.

Além disso, a companhia disponibilizou para a distribuidora Equatorial CEEE cinco quadriciclos fora de estrada e cinco geradores, que foram essenciais para abastecer as bombas da Sabesp. Os técnicos e eletricistas da Cemig que atuaram em campo contabilizaram 552 horas de trabalho, durante o período em que se revezaram na operação das unidades de geração móvel enviadas pela companhia. Esses equipamentos garantiram o fornecimento de energia para as bombas que fizeram o escoamento de água no Bairro Sarandi, em Porto Alegre, um dos mais afetados pelas enchentes.

Segundo o técnico do sistema elétrico da companhia, Mauro Luciano e Silva, toda a operação envolveu um trabalho em equipe bem alinhado entre os profissionais da Cemig, da Equatorial Energia, da Sabesp, do DMAE, da Copasa, e da Prefeitura local.

“Nossos geradores apoiaram as ações do DMAE de Porto Alegre, fornecendo energia elétrica para o funcionamento de três conjuntos de bombas cedidas pela SABESP. Essas bombas drenavam cerca de 7 mil litros de água por segundo, removendo as águas que alagaram o Bairro Sarandi. Esses equipamentos funcionaram ininterruptamente por 21 dias, e contribuíram para baixar o nível da água em cerca de 3,50m. Foi uma logística complexa, considerando o cenário devastador que encontramos”, relata o profissional.

Foto: Cemig/Divulgação

Desafios enfrentados
Outro especialista da Cemig que atuou na missão, o Técnico de Sistema Elétrico, Alexandre Ângelo Pires, relata as primeiras impressões da equipe ao chegar na região, devastada pelas enchentes, e a satisfação com a superação do desafio . “Ao chegar na cidade nos deparamos com um cenário assustador, devido ao volume enorme de água por todos os lados da rodovia e a cidade alagada, com poucos locais de acesso, trânsito travado. Um verdadeiro caos. Foi muito satisfatório e prazeroso poder ajudar e saber que contribuímos de alguma forma para minimizar o sofrimento de nossos irmãos gaúchos. Graças a Deus, conseguimos êxito”, conta emocionado.

Valter dos Reis Campos, eletricista de Linha Viva da companhia mineira, também atuou na capital gaúcha e considera que essa foi a experiência mais desafiadora vivida em seus 27 anos de trabalho na Cemig. “Não me lembro de ter visto na história do Brasil um desastre de tamanhas proporções. Além de ter levado a disponibilidade técnica, considero que a gente fez parte de uma grande ajuda humanitária. Peço a todos que continuem ajudando o povo do Sul, as coisas lá não estão fáceis, muita gente desabrigada, muitas filas de pessoas esperando por um marmitex para matar a fome, gente que perdeu tudo que tinha nos seus comércios e crianças passando frio e fome. Pelo que presenciamos, o estado vai demorar para voltar à normalidade. Vamos fazer nosso papel com orações e doações”, salienta Valter dos Reis.

O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, destaca o profissionalismo e competência da equipe que atuou na linha de frente das ações de apoio ao Rio Grande do Sul. “Em tempos de crise, é na união e na solidariedade que encontramos a força para superar os desafios. A dedicação e o comprometimento demonstrados por estes profissionais refletem a essência de nossa missão de servir à comunidade com excelência e empatia, e de transformar vidas com a nossa energia”.

Mobilização
A Cemig enviou unidades móveis de geração de energia e veículos especiais para apoiar a Equatorial CEEE, empresa que atende à região metropolitana de Porto Alegre, capital do estado, no restabelecimento de energia. Ao todo, foram cinco modernos geradores e cinco quadriciclos do tipo UTV, além de técnicos e engenheiros que reforçaram os recursos mobilizados pela distribuidora local. A companhia também disponibilizou um helicóptero para apoio às ações da distribuidora RGE, na recuperação do sistema elétrico da região serrana do estado.

Pesquisar