Segundo pesquisa da Fecomércio, mais da metade das empresas mineiras, já possuem presença online
O e-commerce em Minas Gerais demonstra um crescimento contínuo, impulsionado pela crescente digitalização dos consumidores e pela necessidade das empresas de se adaptarem ao novo cenário. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG, em todas as regiões do estado mineiro: Triângulo; Noroeste de Minas; Norte de Minas; Zona da Mata; Alto Paranaíba; Centro Oeste de Minas; Rio Doce; Sul de Minas; Central; Jequitinhonha e Mucuri.
Segundo pesquisa da Fecomércio MG, mais da metade das empresas mineiras, (62,5%), já possuem presença online, e desse total, (45,4%), quase metade também realiza vendas pela internet. Atualmente, para 56,3% das empresas a demanda do consumidor é o principal fator para a atuação com vendas on-line. A maioria das empresas mineiras com presença online (63,0%) já trabalham com e-commerce há pelo menos 3 anos. Das empresas pesquisadas que não possuem presença online (37,5%), 8,3% pretendem iniciar as vendas virtuais nos próximos 12 meses.
Apesar dos avanços, alguns desafios se destacam neste processo de expansão das vendas on-line do comércio mineiro. A falta de mão de obra especializada (18,5%) e gestão de estoque (13,4%) foram apontados como os principais obstáculos enfrentados pelos empresários.
Entre as empresas que vendem pela internet, o WhatsApp Business se consolidou como a principal ferramenta para vendas online, com 32,7% das empresas utilizando-o para fechar negócios e receber pagamentos. No entanto, o uso das redes sociais também é expressivo, com o Instagram se destacando como a plataforma mais utilizada entre as empresas que realizam vendas pelas redes sociais (100,0%), seguida do Facebook (41,0%) e do Messenger (3,3%).
A pesquisa revelou que das empresas com presença on-line, 21,8% vendem por marketplace, o que representa um aumento de 6,1% entre 2023 e 2024. Destas, 50,0% estão no Mercado Livre, seguido pelo Ifood e Magazine Luiza (ambos com 15,4%). Apenas 37,0% das empresas possuem site próprio, sendo que 77,3% destas vendem por meio desta plataforma.
Considerando todas as plataformas de pagamento, 18,5% das empresas observam que o volume de vendas on-line corresponde até 10,0% do total de suas vendas e, para 16,0%, o volume de vendas on-line varia de 10% a 20%. De acordo com a pesquisa, o meio de pagamento mais aceito entre as empresas nas suas vendas online é o PIX (91,6%), superando cartão de crédito (79%) e débito (70,6%).
Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, ressalta que o uso do PIX se destaca principalmente pela agilidade do uso desta modalidade. “Hoje o uso do PIX vem sendo cada vez mais disseminado por todo o comércio e, nas vendas online, este comportamento não é diferente. Além de toda a segurança, o pagamento é processado de maneira rápida. Acrescido a isso, muitas empresas oferecem descontos nos pagamentos feitos nesta modalidade, sendo este um grande diferencial para o consumidor”, explica Martins.
A pesquisa mostrou também que a maioria das empresas que possuem loja física e que vendem online (66,4%) oferecem serviços como retirada de produtos na loja e troca de produtos adquiridos pela internet. De acordo com Martins, esta integração entre as lojas físicas e as plataformas online é fundamental para oferecer uma experiência de compra mais completa ao cliente.
“Graças aos avanços da internet e as estratégias de logística, o e-commerce tem ganhado cada vez mais protagonismo no cotidiano do varejo. Apesar dos desafios enfrentados, as empresas do comércio varejista de Minas Gerais vêm, ano a ano, aumentado sua participação nos meios digitais. O consumidor, por sua vez, vem demandando cada vez mais deste tipo de atuação por parte dos empresários, utilizando a internet não apenas para as compras, mas também para a pesquisa de preços, qualidade e tendências”, conclui Martins.