O vereador Diego Espino (PSC) entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para tentar barrar a apresentação do Relatório Final da CPI que investiga possível superfaturamentos em compras realizadas pela Secretaria de Educação de Divinópolis em 2021.
O documento foi elaborado pela vereadora Lohanna França (PV), que é a relatora da Comissão, e está previsto para ser lido nesta quarta-feira (24), às 8h. Espino também pede que Lohanna e Josafá Anderson (CDN), presidente da comissão, tenham seus mandatos cassados e se tornem inelegíveis por oito anos. Ambos são candidatos a deputados estaduais.
O Sistema MPA teve acesso ao documento. O vereador alega abuso de poder político: “Chama a atenção, porém, que a “CPI da Educação”, como é chamada a comissão em comento, passou a tomar medidas demasiadamente suspeitas, sob o ponto de vista da lisura dos interesses”. Assim como já ocorrido anteriormente, a petição usa a expressão “palanque político” para classificar algumas ações da CPI. Para justificar a alegação, a equipe jurídica do também candidato (a deputado federal) cita o fato de Lohanna usar um adesivo com seu número de campanha colado na capa do celular e de Ademir Silva usar o termo “eleitor” ao se referir a população da cidade.
Em um vídeo publicado na suas redes sociais, Lohanna classificou a ação como “uma tentativa tosca de intimidação” e questionou mais uma tentativa da base governista de de interferência na Comissão: “A quem interessa esconder o relatório final da CPI? … a verdade é que estão tentando calar a CPI por medo”, afirmou.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) ainda não se posicionou sobre o pedido.
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