Desde 7 de março, a energia que chega as casas dos roraimenses vem 100% de termelétricas, devido ao desligamento do sistema de interligação Brasil/Venezuela, que ocorreu após o apagão no país vizinho.
Roraima é o único estado que não está no Sistema Interligado Nacional.
Sem ligação energética com o resto do país e com a interrupção da distribuição da energia gerada pelo complexo hidrelétrico venezuelano de Guri e Macaguá, o estado depende das termelétricas para não ficar no escuro.
Mas, a energia gerada pelas usinas térmicas a óleo diesel, além de ser mais poluente é bem mais cara.
O custo dessa geração em Roraima é subsidiado pelas concessionárias de distribuição e de transmissão de energia elétrica do Brasil. Mas, o prejuízo acaba sendo repassado para os consumidores.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falou sobre a questão no Senado Federal.
Sonora: “Todos os consumidores brasileiros terão que pagar no final do ano, ou ao longo do ano, um custo de R$ 1,9 bilhão. Porque nós estamos gerando 210 megawatts utilizando apenas térmicas a óleo diesel. São 80 caminhões de óleo diesel trafegando diariamente me direção à Roraima para poder manter a segurança energética.”
Durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, nessa terça-feira (26), Bento Albuquerque afirmou que as obras do linhão de Tucuruí – que vai trazer energia de Manaus para Roraima – devem ser concluídas em 2021.
O governo federal prepara um leilão para contratação de fontes renováveis e híbridas para amenizar o problema energético no estado.
O certame está previsto para maio.
Por: Rádio EBC