Em enquete, 64% dos participantes desejam que músicas integrem a programação de rádio

Porém uma grade mais musical é a preferência de apenas 29% dos participantes da enquete realizada pelo tudoradio.com

Nos últimos anos tem sido comum a discussão sobre qual tipo de conteúdo deve predominar numa programação de rádio, com ressalvas para como se deve aplicar esse planejamento a depender do formato da estação. Isso ocorre entre profissionais do setor e também entre os ouvintes de rádio. Para medir essa temperatura, na reta final de 2022 o tudoradio.com publicou uma enquete onde os visitantes do portal indicavam as suas preferências, se valia mais uma grade mais musical, ou de jornalismo e com qual tipo de conteúdo o esporte deveria dividir espaços. Para 64% dos participantes, a música deve compor a grade de uma rádio de alguma maneira. Mas os recortes das perguntas mostram uma diferença entre o peso musical na programação. Acompanhe:

Em resumo, 64% dos participantes escolheram opções na enquete que envolve a música de alguma forma na grade da rádio, mas apenas 29% desejam que ela seja o “carro-chefe” da estação. Porém esse quadro está passível de diferentes interpretações. O motivo é simples: apesar de não ser a escolha da maioria absoluta, a resposta que indica a música como predominante foi a opção mais escolhida pelos participantes.

Na sequência, para 21% dos participantes, uma grade esportiva deve ser mesclada com uma programação musical. Contrastando com a escolha de 16% dos participantes, que preferem que o esporte seja complementado com uma grade de jornalismo.

Já para 20% a programação de rádio desejável é aquela de jornalismo e que tenha programas no formato de talk-show, sendo esta a terceira opção da enquete mais votada pelos participantes.

Por fim, com menos votos, mas engrossando o contingente que opta por música, 14% preferem “uma rádio que tenha mais programas de entretenimento, tendo a música como algo secundário”.

Vale ressaltar que a enquete não conta com processo científico de avaliação, sendo apenas uma forma de saber como foi o comportamento dos visitantes do portal perante o tema proposto. O questionamento esteve em vigência entre a primeira quinzena de agosto e o final de dezembro. E o número total de participações foi de 11197.

A discussão 

É fato que a presença da música na grade e seu grau de importância na programação é algo discutido com frequência pelos profissionais e analisas do rádio. A música segue como algo fundamental na composição de uma grade e, com base em pesquisas recentes, os ouvintes procuram o rádio para ouvir elas. Mas há uma oferta crescente de outros serviços de música, que personalizam ainda mais a experiência do público, como as plataformas de streaming.

O papel da música no rádio tem se alterado ao longo do tempo e sempre conviveu com alguma concorrência de outras formas de acesso. Neste momento, em formatos que buscam mais volume de audiência, o rádio opera como um curador musical de credibilidade, onde pessoas que entendem do assunto indicam o que é sucesso e prolongam a permanência desses hits nas paradas musicais, além de relembrar a audiência daquele sons que “todo mundo sabe cantar”.

No Brasil, segundo o último Inside Radio (2022), estudo da Kantar IBOPE Media, a música está na liderança do “top 3 motivos” para se ouvir rádio no Brasil: 49% afirmam que consomem rádio para ouvir música, 43% para companhia e 31% pelo fato do meio trazer notícias de forma rápida.

Próxima enquete: Em 2023, você se imagina ouvindo rádio de que maneira?

Você se imagina usando mais o receptor de rádio FM/AM para acompanhar a sua emissora preferida em 2023? Ou vai usar mais dispositivos conectados, com acesso ao streaming da estação? Qual dispositivo vai ser usado de maneira complementar ao outro?

Para participar basta acessar tudoradio.com/enquetes ou responder no menu do portal, localizado na lateral esquerda para quem acessa via desktop e tablets.

As informações são do portal Tudo Rádio.

Foto: Pixabay

Pesquisar