ELIAS SIUFI acreditava nas pessoas, e abria portas. Nem dá pra contar quantos colegas jornalistas começaram a carreira guiados pelas mãos do “chefe” na Rádio Sociedade e na TV Montes Claros, hoje Intertv Grande Minas. Quando eu tinha apenas 17 anos, e já trabalhava como repórter político no Diário de Montes Claros, por indicação da então editora Rosângela Silveira, ele me levou pra TV, onde tive de esperar alguns meses para completar 18 anos e só então ir para o ar. Estreei na “telinha” um dia depois de alcançar a maioridade. Logo que completei 25 anos, num ato de coragem, Elias e seu filho Hervê, então diretor da emissora, voltaram a apostar em mim e bancaram minha nomeação como Editor-chefe Regional de Jornalismo. Fui, na época, o mais jovem a coordenar o jornalismo de uma emissora GLOBO. O cargo me permitiu, além de um enorme crescimento profissional, vivenciar experiências que vou guardar para sempre. Para um garoto de 25 anos, apaixonado com jornalismo, jantar em um restaurante chique com Willian Bonner e Fátima Bernardes (na época um jovem casal) parecia surreal. Imagina então dividir uma sala com Marcelo Resende, na época repórter da casa, para ouvir conselhos de Glorinha Beuttenmuller, a rainha das fonoaudiólogas, sonho de consumo de qualquer comunicador. Ouvir conselhos de Alberico Souza Cruz, gênio do jornalismo televisivo, e conhecer Hugo Alessi, primeiro repórter a colocar a cara no Jornal Nacional, e que até hoje é meu grande amigo, não tem preço! Sem falar nas muitas visitas ao PROJAC, onde á bordo do famoso carrinho de golf, visitava as gravações de novelas e programas com direito a frequentar os camarins de atores e apresentadores, e de atravessar a “Ponte do Rio que Cai”, grande atração do Faustão na época, tendo o icônico Márcio Canuto, que então ocupava o mesmo cargo que o meu em Maceió, sentado no canhão atirando bolas tentando me derrubar na piscina! Não me esqueço que, toda a vez que eu era convocado pra uma reunião no Rio, Hervê quase tinha um infarto porque a Globo exigia que me hospedassem no Hilton de Copacabana, e geralmente as diárias superavam até meu salário! RSRS Não me faltam histórias e motivos para que eu tenha uma gratidão eterna com Elias e sua família. Mas não foi só isso! Seus conselhos e suas broncas me ensinaram muito! “Já que você quer me lascar, chuta meu saco”, gritava ele se colocando na posição para levar o chute! Aprendi depois com Paulo César Almeida que ele só falava isso com quem ele gostava muito, revelação que me encheu os olhos d’agua. Os mesmo olhos que hoje, voltam a umidecer enquanto escrevo esta pequena homenagem a meu eterno chefe! VÁ COM DEUS ELIAS! ATÉ MAIS VER CHEFE!!!!!!!
Postado originalmente por: VinTV
