Diretor técnico das UPAs sugere ação concentrada e acompanhamento domiciliar para desafogar unidades

O registro do aumento de pessoas na faixa de 40 anos infectadas por covid nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), e a confirmação da mudança da faixa etária prioritária da doença, analisada pelo Observatório Covid-19 Uberaba, acendem o alerta amarelo do mecanismo de saúde municipal. Apesar dos hospitais receberem pacientes positivos, muitas vezes o atendimento prévio é feito nas UPAs, e isso pode sobrecarregar o sistema das unidades.

Para solucionar a questão, o diretor técnico da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), Márcio Dias, sugere que a administração formule uma ação concentrada, e acione as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para aliviar a exaustão das UPAs.

“As pessoas que estão assintomáticas deveriam ir às UBSs, mas elas procuram atendimento nas UPAs. É importante lembrar que a UPA não realiza testagem de todos os pacientes. Essa testagem geral é realizada nas UBSs pela Prefeitura. Nós somente realizamos a testagem dos pacientes que têm alguma instabilidade e precisam ser internados em outro hospital. Nós não temos efetivo clínico e equipe para conseguir testar a cidade toda. Por isso, as pessoas assintomáticas têm que ir para as UBSs. Temos mais de 30 unidades, é uma rede inteira nos ajudando”, declara Márcio.

Além disso, o diretor técnico avalia a possibilidade de acompanhamento domiciliar dos novos casos positivos pela Prefeitura de Uberaba, para que evite o retorno do paciente infectado às UPAs.

“Esse monitoramento era realizado e deveria continuar. Eu lembro que no ano passado vários pacientes contavam que a Secretaria de Saúde entrava em contato para saber o desdobramento dos sintomas. O que ocorre é que a proporção de casos hoje chega a ser o triplo do que estava tendo. Não sei se a PMU tem condições humanas de continuar com o acompanhamento domiciliar”, finaliza Márcio Dias.


 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

Pesquisar