Sem dúvidas o setor do comércio foi o mais exposto pelos impactos da pandemia de Covid-19. Desta forma, foi necessário fechar as portas e reduzir os horários de funcionamento como medidas de conter a disseminação da doença.
Entretanto, diversos segmentos precisaram se reinventar, como por exemplo óticas e produtores de queijo, que adotaram as plataformas virtuais para evitar os prejuízos.
Bem diferente dos antigos produtores de queijo do Serro, no Vale do Jequitinhonha, que se deslocavam por dias para vender as mercadorias, hoje os empreendedores fazem isso apenas pelas redes sociais. Sem sair de casa, é possível atender clientes em vários estados.
As vendas online alavancaram e ampliaram o mercado do queijo do Serro, visto que o produto não participou das diversas feiras que estavam previstas para o ano passado. Segundo Alyrio Ferreira Campos Júnior, um dos produtores artesanais de queijo, a virada de rumo aconteceu quando surgiu a estratégia de vendas pelo sistema digital.
“Como as lojas estavam fechadas, surgiu a oportunidade da venda on-line”, descreve Alyrio.
Ainda segundo o produtor, as vendas aumentaram. “Uma das melhores coisas que aconteceram na pandemia foi que abrimos o nosso mercado. Na prática, descobri um nicho de mercado, que antes não conhecia. Foi um achado”, disse.
As óticas também contaram com o novo modelo de vendas. De acordo com o sócio-diretor de uma rede de óticas em Belo Horizonte, Fernando Cardoso, até o início da pandemia as vendas aconteciam somente de modo presencial. Com o fechamento das lojas físicas, a empresa precisou iniciar as vendas através das redes sociais e criou um sistema de atendimento domiciliar.
De acordo com o empresário, ao investir nas vendas a distância a rede cresceu, o que anteriormente eram 20 lojas hoje já somam 25 ao todo.
As vendas on-line tiveram um crescimento de quase 50% em todo país no segundo semestre de 2020. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte ( CDL/BH), destaca a importância dessa nova política de gestão.