Rodovias de Minas precisam de apoio financeiro estipulado em R$ 16,63 bilhões.
A 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias revela uma crítica situação nas estradas de Minas Gerais, estado que detém a maior malha rodoviária do país. O levantamento, divulgado em Brasília pela Confederação Nacional do Transporte e pelo Sest Senat, expõe a necessidade urgente de ações políticas para solucionar problemas que comprometem a segurança dos usuários.
Com um déficit estimado em R$ 16,63 bilhões apenas para ações emergenciais e de manutenção, as rodovias mineiras clamam por recursos cruciais para recuperar trechos deteriorados. No âmbito nacional, o investimento indicado alcança a cifra de R$ 94,12 bilhões, evidenciando a gravidade do quadro em todo o país.
Além disso, a pesquisa destaca o impacto direto no custo operacional do transporte. Condições precárias de pavimentação elevaram em 42,2% os gastos no transporte em Minas Gerais, afetando a competitividade do Brasil e repercutindo no preço final dos produtos. O aumento dos custos, reflexo das más condições das rodovias, encarece os alimentos e demais itens consumidos pela população.
O cenário preocupante é agravado por recentes acidentes, como o ocorrido na BR-381, na região metropolitana de Belo Horizonte, que resultou na perda de seis vidas em um engavetamento envolvendo 12 veículos na serra de Igarapé. Outra problemática na mesma rodovia, entre a capital e Governador Valadares, destaca a falta de interesse no leilão da concessão do trecho conhecido como “Rodovia da Morte”.
Estes eventos dramáticos e os dados alarmantes da pesquisa ressaltam a necessidade premente de uma ação política enérgica. Somente com vontade política será possível criar condições para a solução desses desafios que afetam não apenas a segurança dos usuários, mas também a economia e o dia a dia dos cidadãos.
