Copasa busca ampliação da capacidade de investimento

Estatal anunciou plano de investimentos de R$ 9,523 bilhões nos próximos cinco anos para ampliar o atendimento

A universalização dos serviços é considerada um dos grandes desafios para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) nos próximos anos. A estatal lançou recentemente um plano de investimentos da ordem de R$ 9,523 bilhões entre 2023 e 2027, que será destinado, principalmente, ao atendimento do Novo Marco do Saneamento.

O presidente da Copasa , Guilherme Augusto Duarte de Faria, destacou que a companhia já vem, principalmente nos últimos três anos, se esforçando para realizar ampliações em sua capacidade de investimentos visando levar a universalização do saneamento e abastecimento para todos os municípios atendidos pela Copasa e Copanor. “Isso decorre de obrigações contratuais que nós temos com os municípios, dentro dos contratos de concessão, e também do Novo Marco do Saneamento que impõe à Copasa a universalização do saneamento até o ano de 2033”, explica Faria.

Além disso, o presidente da estatal afirmou que, segundo estimativas, esses valores podem estar abaixo do necessário para a promoção dessa universalização. “Muito em virtude disso, nós entendemos e percebemos que a companhia, no âmbito privado, teria uma capacidade operacional plena de cumprir com as obrigações do novo marco, o que não nos impede de envidar esforços, e é o que estamos fazendo, para o cumprimento dessas metas da melhor forma possível”, disse.

Dificuldade operacional

Quanto aos desafios para tirar o projeto do papel, Duarte de Faria destaca a dificuldade operacional da companhia estatal de realizar investimentos. Ele lembra que a previsão de investimentos, para até o final deste ano, é de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão, e que no ano passado foi de pouco menos de um bilhão de reais; o que aponta para um crescimento significativo, se comparado a anos anteriores, quando os investimentos giravam em torno de R$ 500 milhões por ano. “Há um desafio muito decorrente das regras e legislações a que a empresa estatal está submetida; é um desafio colocar os investimentos em pratica”, afirma Duarte de Faria.

O presidente da companhia reforça que, do ponto de vista financeiro, não há problemas para a realização de investimentos, afinal, “a Copasa tem uma saúde financeira adequada e possui uma capacidade de se endividar de forma bem tranquila para a realização de investimentos”. As limitações são, sobretudo, de caráter operacional na aplicação desses investimentos.

Na visão do gestor, para conseguir superar esses desafios, a companhia deve modernizar a sua forma de realizar investimentos. “Nesse sentido, o que nós propomos para o ano que vem e para os demais anos, para que a gente possa executar esse plano ambicioso que nós colocamos ao Conselho de Administração e foi aprovado é de fato colocar em prática um regulamento de licitações que nós acabamos de atualizar”, explica o presidente.

Duarte de Faria ainda cita alguns projetos que podem se beneficiar com estes investimentos previstos pela Copasa, as obras de melhoria do sistema de esgotamento sanitário em cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, como São Joaquim de Bicas, Sarzedo, Juatuba;  no município de Divinópolis; finalização de obras em Ubá e em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira; além de obras de ampliação do sistema de abastecimento de água em São João Nepomuceno e Timóteo, dentre outras obras que têm como objetivo levar água de qualidade, esgotamento sanitário, tratamento e coleta de esgoto para os consumidores.

Plano

O Conselho de Administração da Copasa aprovou, no dia 15 de dezembro, o Programa de Investimentos Plurianual, no valor de R$ 9,523 bilhões. Esse investimento será aplicado durante os próximos cinco anos. O montante poderá beneficiar inúmeros projetos pelo Estado, mas terá como seu principal desafio, a dificuldade operacional da própria companhia para a realização de investimentos.

A previsão é de que estes investimentos cresçam de forma progressiva, começando com um montante de R$ 1,757 bilhão em 2023 até alcançar o valor de R$ 2,010 bilhões investidos no ano de 2027. Esses recursos serão destinados a duas finalidades: R$ 8,13 bilhões irão para investimentos em água, esgoto e desenvolvimento empresarial, e R$ 1,4 bilhão em capitalizações.

As informações são do Diário do Comércio.

Foto: Divulgação

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