Foto/Reprodução/Redes Sociais
Presidente do Coren-MG, Bruno Faria, e a pastora Regiane Isidoro, que é enfermeira atuante em Uberaba, foram recebidos pela prefeita Elisa Araújo para tratar sobre a atenção à categoria
O constante remanejamento dos quadros de trabalho de profissionais da saúde é tópico importante no enfrentamento à Covid-19. Por muitas vezes, os atendentes da linha de frente se sentem exauridos e desamparados. O desafio das gestões é garantir as condições certas de trabalho de médicos e enfermeiros.
Em visita às unidades hospitalares de Uberaba, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren/MG), Bruno Faria, expôs a preocupação da classe com a exaustão dos enfermeiros no atendimento à pandemia. Além disso, o líder exige a priorização do grupo no processo de vacinação, bem como alterações no seguro insalubridade.
“Nossos profissionais e estagiários de Enfermagem não foram prioridade nem na vacinação. Até cobrei do governo do Estado uma providência e agilidade para vacinar todos os nossos profissionais de Enfermagem nessa guerra. Além disso, são mais de 40 horas semanais e não temos piso salarial… Eu fui muito categórico ao dizer para o secretário de Estado: ‘Se não houver auxílio à enfermagem, a enfermagem vai parar. E isso vai causar colapso em poucos meses, porque está faltando profissional’”, desabafa Bruno.
Além disso, o presidente do Coren apresenta como exigências urgentes da classe a prioridade na vacinação, o aumento da taxa de insalubridade para 40%, a diminuição da carga de trabalho e a valorização do salário. “No momento, a gente luta para ser valorizado”, declara.
Para a regularização salarial, Bruno Farias diz ser impossível cravar um valor médio de piso salarial, já que todas as cidades de Minas Gerais têm proporções diferentes umas das outras. Contudo, o representante estipula valores entre R$2 mil e R$4 mil.
“A gente tem hoje o Triângulo com uma situação privilegiada em relação ao norte de Minas. Cada região tem seu privilégio. Hoje, se eu for falar, um piso tranquilo é R$4 mil para enfermeiro e, para técnico, R$ 2 mil, R$ 3 mil”, finaliza Bruno.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba