Com alta nos custos, papelão e papel tem aumento de 20%

Utilizada em praticamente em todas as produções das empresas, as embalagens são consideradas um termômetro da economia e validam a segurança do produto. Durante a pandemia a indústria de embalagens produziu menos por falta de papel, agora tem dificuldades para repassar o aumento dos custos e começa a sentir a queda da demanda, provocada pela redução do consumo.

No início da pandemia, o setor de embalagens produziu menos pela falta de um insumo fundamental: o papel. Os novos hábitos da população – como as refeições por delivery – fizeram explodir a procura em todo o mundo, e quem produzia a matéria-prima preferiu fornecer para o mercado internacional.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel e Papelão no Estado de Minas Gerais (Sinpapel), Alexandre de Miranda Gonçalves, o papel e o papelão já aumentaram 20% em 2022. Outros custos, como os de mão de obra, tintas e colas, estão pelo menos 15% mais caros.

Enfrentamos esse contexto com extrema dificuldade, pois é impossível repassar os custos na totalidade. Conseguimos compensar somente uma parte e temos que absorver a outra, comprometendo totalmente as margens e o resultado operacional. Estamos com nada mais, nada menos que 35% de aumento, apenas este ano, em nossos custos de fabricação, revela o dirigente.

Agora com o fornecimento normalizado, já é possível notar uma queda na demanda, provocada, segundo Gonçalves, pelas questões macroeconômicas – como alta taxa de juros, inflação, endividamento –, que se refletem no mercado consumidor.

*Com informações do Diário do Comércio.

Foto: Alisson J. Silva / Arquivo DC

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