Confeccionada pela artista plástica conceicionense Virgínia Ferreira, a escultura é uma obra de beleza rara, na riqueza de detalhes e formas e uma das únicas esculturas no Brasil que fica em meio à natureza, ao ar livre, longe de monumentos e praças, bem no coração da Serra do Cipó, local em que o lendário Juquinha passou boa parte de sua vida, quando a estrada ainda era de terra. Com três metros de altura, a escultura hoje está dentro da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, sendo um dos principais atrativos do Circuito Turístico da Serra do Cipó. Há apenas outro monumento no mundo com essas características, localizado na Espanha.
Hoje a imagem do Juquinha da Serra do Cipó é uma das mais populares e conhecidas de nosso Estado, e se tornou, espontaneamente, uma das mais retratadas entre as muitas que representam Minas Gerais, figurando em vídeos, campanhas publicitárias, sites, redes sociais, entre muitos outros meios de comunicação. Podemos dizer que a história do Juquinha da Serra do Cipó ganhou o mundo, recheada por fatos inusitados e até folclóricos. Encravada na crista do maciço do Espinhaço, chega a ser curioso constatar como a escultura do Juquinha se integrou perfeitamente ao cenário da Serra do Cipó, dando outra dimensão a beleza natural daquele pedaço abençoado de Minas Gerais.
Pela sua importância cultural, plasticidade artística, referência histórica e representatividade popular, a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais solicitou junto ao Instituto Estadual de Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico de Minas Gerais – IEPHA, o tombamento da escultura do Juquinha da Serra, garantindo assim sua preservação e perenidade, para que a vida de José Patrício, um homem que representou tão bem os valores de nossa mineiridade, seja sempre uma referência para as futuras gerações do que realmente é a alma das Minas Gerais.