Cemig realiza atividade para simular evacuação nas proximidades da PCH Cajuru

Treinamento visa capacitar população para eventos extremos próximo da usina hidrelétrica na região Centro-Oeste de Minas Gerais

Foto: Reprodução/Cemig

A Cemig realiza, nesta quinta-feira (10/10), a partir das 10h, uma simulação com a população que reside ou trabalha próximo à Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Cajuru, localizada no rio Pará, afluente do rio São Francisco, no município de Divinópolis, na região centro-oeste de Minas Gerais. O treinamento seguirá as diretrizes do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem da PCH e tem o objetivo de capacitar as pessoas a seguirem as rotas de fuga da região até o ponto de encontro mais próximo, auxiliá-las em como identificar o som das sirenes móveis na região e bem como o alerta emitido pelo Dispositivo Individual de Notificação (DIN) – que serve de alerta para emergências.

O simulado espera a participação de até mil pessoas, entre moradores e trabalhadores locais, que possuam residência ou atividades profissionais nas proximidades da unidade de geração de energia nas cidades de Carmo do Cajuru e Divinópolis. A Cemig instruirá a população sobre as rotas dos 14 pontos de encontros da região. A simulação também contará com a presença de representantes da Defesa Civil (municipal e estadual) e do Corpo de Bombeiros. Importante considerar que parte da população, em menor quantidade e pertencente a 19 Pontos de Encontro situados em zona rural,  já foram treinados durante o mês de setembro.

O gerente de Planejamento Energético da Cemig, Ivan Carneiro, destaca que o treinamento é feito para que a população tenha conhecimento dos elementos de proteção do PAE. Além disso, o especialista garante a integridade e segurança das barragens da empresa, que mantém rígido controle sobre todos os seus empreendimentos e instalações. “É importante destacar que as barragens estão seguras e não há nenhum risco para a população”, pontua.  

“A participação da população no simulado do PAE da PCH Cajuru é fundamental para que eles tenham conhecimento dos processos em situações extremas. Por meio deste treinamento, serão destacados diversos cenários para garantir a segurança da comunidade, inclusive quais são os pontos seguros em casos de inundações extraordinárias”, ressalta Ivan Carneiro.

Cadastramento da população e segurança da barragem
Nos meses anteriores ao simulado, a Cemig realizou cadastramento da população na Zona de Autossalvamento (ZAS) na região próxima à PCH Cajuru, nos municípios de Carmo do Cajuru e Divinópolis. A coleta de informações é semelhante ao processo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o período do censo demográfico. O procedimento segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e tem objetivo de identificar os moradores e comerciantes da região, além das características socioeconômicas da população.

“As ZAS são as áreas que podem ser afetadas em um curto intervalo de tempo caso aconteça uma situação de emergência com a estrutura e que se localizam a menos de 10 km de distância das barragens ou a 30 minutos de distância da chegada da onda de inundação. Por isso, as informações da população que tem residência ou atividade próximas da PCH Cajuru são tão importantes para a Cemig. Dessa forma, a companhia terá todos os subsídios para comunicar e alertar em casos de situações extremas na região”, explica o gerente de Planejamento Energético da Cemig, Ivan Carneiro.

O treinamento do PAE foi criado para que a população e a Defesa Civil possam ser preparadas e tenham uma rotina preventiva de segurança, caso haja uma situação extrema de emergência.

Conhecimento e prevenção 
O PAE atende à Lei Federal nº 12.334/2010, que determina que as empresas de geração de energia devem elaborar, implementar e operacionalizar o documento, estabelecido pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Nesse contexto, a Cemig conta com o “Projeto VAMOS (Vigilância, Alerta, Mobilização, Organização e Salvamento)”, que trata de ações relacionadas aos PAEs como treinamentos, capacitações e na conscientização quanto à cultura de prevenção de riscos das populações a jusante dos empreendimentos.  

Ainda em 2024, a Cemig realizará mais três simulados com comunidades próximas de usinas do seu parque gerador. A Cemig possui 18 PAEs, abrangendo usinas de maior e menor porte, e conforme determina a legislação vigente, as informações sobre os PAEs da Cemig podem ser consultadas no site da companhia. 

Mapeamento de riscos   
Além das situações de emergência das barragens, os PAEs da Cemig trazem também mapeamentos de riscos para eventos hidrológicos extremos (cheias naturais) que possam gerar alagamentos nas comunidades a jusante das barragens. A inserção desses cenários, que têm uma maior recorrência para os municípios, torna esse documento uma ferramenta valiosa para auxiliar o poder público em seu dever de garantir a segurança da população, facilitando sua preparação para esse tipo de emergência.    

Como suporte ao mapeamento de riscos, além dos PAEs, a Cemig conta com o Aplicativo PROX – Multiplicando segurança, para informações em tempo real da operação do reservatório e notificação, pela Defesa Civil, para a população impactada por um evento de ruptura de barragem ou de cheia natural. 

Conheça o Dispositivo Individual de Notificação (DIN)
O DIN funciona como um alerta sonoro e pode ser acionado a partir do aumento das chuvas e risco de alagamento. O equipamento é disponibilizado pela Cemig e instalado nas residências, comércios ou empresas localizadas nas ZAS. Em caso de acionamento, a população deve deixar a residência e seguir os procedimentos do PAE. O equipamento é um braço de comunicação importante da Cemig e Defesa Civil para garantir a segurança da população reside ou trabalha próximo da unidade geradora.
Diogo Carneiro, engenheiro da Cemig que gerenciou o projeto de pesquisa e desenvolvimento que possibilitou o produto, explica que este é um projeto que nasceu da necessidade de se produzir um canal de comunicação seguro e direto entre as Defesas Civis e os moradores de regiões sob risco de inundação.

“O DIN foi criado para ser o escudo desse tipo de população, estando disponível mesmo em eventos climáticos mais críticos. O papel da Cemig é prover a rede de telecomunicação para os equipamentos, fornecer informações claras e a tempo para a Defesa Civil emitir os alertas. Já a população precisa apoiar o sistema de proteção, mantendo os equipamentos ligados na tomada em local à vista e que permita ouvir seu alarme”, comenta o engenheiro da companhia.

Sobre a PCH Cajuru
A PCH Cajuru está instalada no rio Pará, nos municípios de Carmo do Cajuru e Divinópolis, em Minas Gerais, e possui uma unidade geradora de 7,2 MW de potência. O reservatório banha o município de Carmo do Cajuru na sua margem direita e Divinópolis em sua margem esquerda. A barragem foi construída com o principal objetivo de acumular água para a regularização do funcionamento da Usina Hidrelétrica de Gafanhoto, localizada à jusante. O reservatório possui a área de 23,27 km².

Confira o vídeo de Ivan Sérgio Carneiro, gerente de Planejamento Energético da Cemig:

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