A primeira transmissão de rádio realizada nos Estados Unidos foi feita por Reginald Aubrey Fessenden de sua estação experimental em Brant Rock, Massachusetts, na véspera do Natal de 1906.
Duas seleções musicais, a leitura de um poema, e uma breve palestra, aparentemente constituíram o programa.
Após o final da Primeira Guerra Mundial, a evolução da radiodifusão no planeta foi vertiginosa. A multiplicação da atividade dos radioamadores ampliou a demanda por aparelhos receptores que pudessem ser operados também por leigos.
Logo nos primeiros anos da década de 1920, houve um crescimento significativo da venda de receptores de rádio e de componentes para sua construção doméstica, seguido de um grande aumento no número de estações transmissoras.
Em 1922, já havia 564 emissoras de rádio licenciadas nos Estados Unidos.
No Brasil, em 1922, a exposição do centenário da independência pretendia ser um marco da modernização da cidade do Rio de Janeiro e do país.
O evento inscrevia-se na tradição das grandes exposições universais iniciadas em Londres, em 1851, que proporcionavam o espetáculo da civilização industrial e da modernidade. Além disso, esses encontros funcionavam também como grandes feiras de negócios.
Na exposição do Centenário da independência, havia interesse em mostrar os produtos do Brasil com foco na produção primária e em trazer o espetáculo da civilização para cá com o cinema e o rádio, por exemplo.
O Morro do Castelo e outros marcos arquitetônicos do centro da cidade do Rio de Janeiro desapareceram para dar lugar a 2.500 metros quadrados de pavilhões, 15 deles estrangeiros, com cerca de 10 mil expositores, que receberam milhares de visitantes por dia.
A exposição do Centenário da Independência do Brasil foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1922, data em que houve também a primeira transmissão de rádio feita a partir das estações transmissoras instaladas na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal.
O discurso do presidente Epitácio Pessoa, proferido na praça XV, e a exibição da ópera de Carlos Gomes, no Theatro Municipal, na Cinelândia, chamaram a atenção apenas dos cariocas que tiveram acesso aos 80 receptores adquiridos para testemunhar aquela invenção que em pouco tempo mudaria completamente os hábitos da cidade e, em seguida, do país.