Durante boa parte do século passado, o rádio era ouvido apenas por ondas médias, tropicais, curtas ou em freqüência modulada. Mas desde as primeiras décadas do novo milênio, tornou-se possível acessar programações radiofônicas também na tv por assinatura, via satélite e pela internet.
Com a criação da grande rede que interliga os computadores do planeta, as rádios hertzianas ganharam a companhia das web rádios.
Diferentes do sistema de radiofrequência, um espectro escasso que está nas mãos dos grandes grupos de comunicação ou das rádios comunitárias, que também operam por frequência e têm baixo alcance, as web rádios são de fácil implantação, têm baixo custo e podem ser ouvidas em qualquer parte do planeta, mesmo sendo transmitidas a partir de um único ponto.
Muitas emissoras foram criadas especialmente para este novo modo de transmissão.
As rádios tradicionais também estenderam sua programação para sites e plataformas de streaming na internet com programação híbrida, unindo áudio, vídeo, texto e fotos, além de serviços de busca, previsão do tempo, chats, podcasts, lives, biografias de artistas, receitas culinárias, fóruns de discussão, letras cifradas de músicas. As possibilidades são realmente infinitas.
A interação entre o público e as web rádios modificou-se, tornando o ouvinte muito mais participativo na programação das emissoras.
Novos hábitos de audição foram incorporados e houve um aumento significativo na diversificação dos aparelhos receptores.
Computadores, celulares, tablets e outros dispositivos digitais portáteis passaram a ser alternativas para o ouvinte de rádio.
O rádio sempre soube se adaptar às inovações tecnológicas de cada tempo.
Com as mudanças sociais produzidas pela internet e pela convergência das mídias, ele passou por mais uma reconfiguração e transformou-se em um meio de comunicação expandido e hipermidiático que transita entre as heranças do formato analógico e as novas possibilidades de produção, veiculação e consumo que as redes sociais e plataformas digitais oferecem.
