Governo disponibiliza aplicativo para denúncias, casas de acolhimento e abrigos para recomeçar em segurança
A cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica em Minas Gerais, os dados são do Governo de Minas em parceria com a Polícia Civil.
A crença de que ninguém deve interferir nas situações contribui para que o cenário seja cada vez pior. Segundo a Polícia Civil, no ano passado 163 mulheres morreram vítimas de feminicídio em Minas e outras 195 sofreram tentativas do crime. Além da recorrência, os crimes impressionam pela forma violenta em que são cometidos, 50% dos casos, namorados, maridos e ex-companheiros matam com facas, tesouras ou canivetes.
O Governo de Minas quer intervir no cenário e pede a ajuda da sociedade para “meter a colher entre briga de marido e mulher”. A campanha foi lançada no final de janeiro e reforçando a existência do Disque Denúncia pelos números 190 e 197. Além desses, também é possível pedir ajuda nos canais digitais, como a Delegacia Virtual e o aplicativo MG Mulher.
Na página da Delegacia Virtual, a vítima pode registrar ocorrências de ameaça, lesão corporal, agressão e descumprimento de medida protetiva. Já no aplicativo MG Mulher estão disponíveis todos os endereços e telefones de delegacias, unidades policiais e instituições de ajuda mais próximas. No mesmo aplicativo, as mulheres podem criar uma rede de contato com pessoas de confiança que podem ser acionadas em uma emergência com um só clique.
Locais de acolhimento
Muitas vezes as vítimas ficam com receio de denunciar por não ter para onde ir, sem o conhecimento de que existem casas de acolhimento que oferecem ambiente seguro para recomeçar.
A Casa da Mulher Mineira, localizada em Belo Horizonte, é uma unidade da Polícia Civil inaugurada no ano passado com objetivo de fazer essa ponte entre as vítimas e as casas de acolhimento. Na unidade, as mulheres são encaminhadas para casas abrigo, serviços de atendimento psicossocial e orientação jurídica na Defensoria Pública. No local também é possível solicitar Medidas Protetivas de Urgência, acompanhamento até a residência para retirada de pertences em segurança e receber a guia de exame de corpo de delito. Na Casa da Mulher Mineira ambiente favorece a privacidade e a escuta qualificada durante atendimento.
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